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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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GABINETE DO CRIME

Delegado preso em operação foi candidato a vereador e está em estágio probatório

Foto: Reprodução

Delegado preso em operação foi candidato a vereador e está em estágio probatório
Preso nesta quarta-feira (17) no âmbito da Operação Diaphthora, em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), o delegado da Polícia Civil, Geordan Fontenelle, de 34 anos, suspeito de solicitar "diárias" de presos e mais vantagens indevidas, já foi candidato a vereador e está em estágio probatório. Além dele, um investigador da polícia civil também foi detido.


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Conforme apurado pela reportagem, Geordan tentou uma vaga na Câmara de Redenção, no Pará, em 2020, pelo partido Podemos. Intitulado “o delegado do povo”, Fontenelle teve como principal bandeira política a Segurança Pública. Durante a campanha, ele chegou a receber apoio do Senador e ex-jogador de futebol Romário. Na ocasião, ele recebeu 552 votos válidos, ou 1,20%, e não foi eleito.



Além disso, Geordan já atuou também como delegado no mesmo município do Pará, foi professor de Direito Penal e Processual Penal, foi ex-Agente da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e ex-escrivão da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Em Mato Grosso, ele foi nomeado em novembro de 2021 e ainda está em estágio probatório, processo que visa aferir se o servidor recém-concursado possui aptidão e capacidade suficientes para o desempenho do efetivo. De acordo com a Polícia Civil, o período termina em novembro deste ano.

Nas redes sociais, o delegado tem um perfil ativo, onde compartilha com seus mais de 31 mil seguidores o dia a dia da profissão, além de ostentar viagens internacionais.

Operação

Segundo as investigações da Polícia Civil, o delegado, um investigador da corporação, além de advogado e garimpeiros do município, negociavam vantagens indevidas, praticavam advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada em Peixoto de Azevedo, caracterizando a formação de uma associação criminosa no município.

Com o aprofundamento das investigações, foram identificados os servidores envolvidos no esquema criminoso sendo o mentor e articulador, o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo e um investigador da unidade, aliados a advogado e garimpeiros do município. 

Entre os crimes praticados pela associação criminosa, foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos; exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. 

Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.
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