Em contato com a reportagem do Olhar Direto na manhã deste sábado (20), o secretário estadual de Saúde, Augustino Moro, falou sobre as declarações do deputado Percival Muniz (PPS), que durante visita ao Hospital Regional de Rondonópolis na noite desta sexta-feira (19) afirmou que Moro teria proibido a entrega de documentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde.

A informação repassada à imprensa foi de que o secretário teria dado a ordem para não entregar alguns documentos solicitados pela CPI para a equipe que faz a avaliação técnica e que esteve na unidade hospitalar. A situação foi confirmada durante a coletiva pela diretora geral do Regional, Rosana Zucatto, que teria recebido a determinação de Moro.

No entanto, de acordo com Moro, houve uma confusão com relação à questão. “Não houve nenhuma ordem minha, não sou doido”, declarou ao Olhar. O secretário afirmou que alguns itens solicitados pela CPI através de um ofício de 16 de março endereçado à Rosana, só poderiam ser entregues pela secretaria, já que a diretora não tinha os dados, alguns da área de recursos humanos, os quais ficam em Cuiabá.

Moro então solicitou à diretora que enviasse os documentos já organizados pela equipe do hospital para a secretaria, com o objetivo de encaminhar todos os relatórios de uma vez só à CPI. “Foi só isso que pedi, que me mandasse o que ela (Rosana) tinha para eu juntar com os que já tinha na secretaria para entregar integralmente para a CPI”, explicou.

Entre os itens solicitados no ofício 48/2010 da CPI, consta a relação de todos os servidores efetivos e contratados nos últimos cinco anos pelo Hospital Regional de Rondonópolis, além de um demonstrativo contendo dados financeiros e patrimoniais, como despesas da unidade, entre outros.

Todos os documentos, ressaltou Moro, são entregues à CPI em forma magnética e cópias em papel, conforme exigência da comissão. “Tenho o maior respeito pela CPI e toda a documentação que foi pedida está sendo encaminhada”, pontuou.

Condicionadores de ar

A diretora do HR também entrou em contato com a reportagem para falar sobre a polêmica em torno da instalação de dois condicionadores de ar na UTI do hospital, que não estariam autorizados pela Vigilância Sanitária do Estado.

De acordo com Rosana e conforme já publicado pelo Olhar Direto, os aparelhos não são mesmo adequados para a UTI. No entanto, ela explica que os condicionadores não oferecem nenhum risco à saúde dos pacientes. Afirmou ainda que o hospital não está descumprindo nenhum exigência do Estado.

Seis novos aparelhos estão sendo adquiridos para a UTI, porém, quatro dos dez leitos da unidade estão desativados pela falta de ar condicionado e por isso a diretora optou por instalar outros dois aparelhos que não seriam os mais apropriados.“Não é correto, mas enquanto não recebemos vamos usar os dois”, afirmou.

De acordo com Rosana, pode haver ainda a possibilidade de instalar um filtro adaptável nos dois aparelhos, para que fiquem mais adequados à necessidade da unidade. “Estou esperando o técnico me dizer se há essa possibilidade e havendo iremos instalar na semana que vem”, explicou.