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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Economia

Ex-dono da Encol é preso em Goiânia por crimes financeiros

O ex-dono da construtora Encol, Pedro Paulo de Souza, foi preso no último final de semana em Goiânia, por crime contra o sistema financeiro nacional. Souza foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão, em regime semi-aberto, em 2000, mas apenas agora o processo foi concluído --e o empresário não pode mais recorrer.


O Ministério Público Federal apurou que, na época, Souza prestou declaração falsa à Caixa Econômica Federal referente à venda de 137 apartamentos do edifício Address West Side, localizado em Goiânia. A sentença condenatória foi proferida pela 5ª Vara da Justiça Federal (JF) em Goiânia.

Souza foi condenado ainda a 266 dias-multa (um dia-multa corresponde à renda média do autor do crime em um dia, considerando sua situação econômica e patrimonial).

Na mesma sentença também foi condenada Maria Neusa Gonçalves da Costa à pena privativa de liberdade de dois anos e oito meses de reclusão e 13 dias-multa, que no entanto foi substituída por duas penas restritivas de direito.

A crise financeira da Encol teve seu auge em 1997, quando o caso tornou-se um escândalo e virou questão de polícia, com acusações de desvio de dinheiro, sonegação de impostos e remessa ilegal de divisas ao exterior por parte do acionista majoritário, Souza, e ex-diretores.

Um relatório da auditoria Deloitte Touche Tohmatsu sobre as contas da Encol veio a público e apontou a evidência de sonegação de impostos, desvio de dinheiro, uso de caixa dois e prejuízo de R$ 380 milhões.

Investigações realizadas pela Polícia Federal indicavam que as irregularidades na empresa eram praticadas desde 1993. Em novembro de 1997, a Encol entrou com um pedido de concordata preventiva na Vara de Falências e Concordatas de Goiânia.

A Encol entrou com pedido de concordata em 1998, quando deixou mais de 600 prédios inacabados. Na época, a dívida da construtora com o sistema financeiro era estimada em aproximadamente R$ 700 milhões. O BB era um dos maiores credores da construtora.

Em março de 1999, a Justiça decretou a falência da empresa. Levantamentos da época indicavam que a empresa devia R$ 2,5 bilhões e que poderia obter no máximo R$ 500 milhões vendendo seu patrimônio.
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