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Sábado, 27 de abril de 2024

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Terra Prometida

Ação da PF pode resultar em investigação contra tráfico de drogas e contrabando de defensivos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Ação da PF pode resultar em investigação contra tráfico de drogas e contrabando de defensivos
A investigação da Polícia Federal batizada de Terra Prometida, que combate a exploração de lotes destinados à reforma agrária no Projeto de Assentamento Itanhangá/Tapurah em Mato Grosso pode resultar ainda em desdobramentos quanto a crimes de contrabando de agrotóxico e defensivos agrícola, porte e posse ilegal de armas de fogo de uso permitido e proibido, além do uso de documento falso e tráfico de drogas. A informação consta do inquérito policial instaurado em 2013. Até o momento, existem acusações de estelionato, corrupação ativa e passiva, além de associação criminosa. 


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O juiz federal da comarca de Diamantino, Fábio Henrique Rodrigues de Moura Fiorenza, afirma em decisão que “não é demais acrescentar que se estabeleceu na região um clima generalizado de medo e insegurança. Dos termos e declarações  vislumbra-se que testemunhas importantes e suas famílias estão sofrendo, reiteradamente, estão sofrendo ameaças de morte”. O juiz determinou a prisão preventiva de 52 pessoas e expediu mais de 140 mandados de busca e apreensão. 

Com a deflagração da operação Terra Prometida, em 27 de novembro de 2014, 34 pessoas foram presas que são acusadas de se beneficiarem do uso de mil lotes do projeto de Assentamento Itanhangá/Tapurah. A investigação da PF aponta que 80 famílias ligadas ao agronegócio em Mato Grosso exploravam pelo menos mil lotes, de um total de 1.149 destinados aos clientes da reforma agrária.

A procuradora da República, Ludimila Monteiro, na data de deflagração da ação reiterou que os crimes são cometidos por uma quadrilha armada e declarou que as investigaões prosseguem. “Importante dizer que se trata de uma quadrilha armada. Estamos tentando identificar de quem seriam os capangas, vamos dizer assim: eles ameaçaram todos os clientes da reforma agrária que estavam no ali. Muitos dos lotes eram vendidos por quantias irrisórias. Muitos iam embora por conta de ser uma quadrilha, porque eram coagidos”, finalizou. 

Na decisão judicial, o magistrado de Diamantino elenca que os elementos de informação e provas coligidos aos autos evidenciam a possibilidade de ter sido estabelecida na região que abrange os municípios de Lucas do Rio Verde/MT, Tapurah/MT, Ipiranga do Norte/MT e Itanhangá/MT uma organização criminosa que possuiria ramificações no Sindicato Rural de Itanhangá/MT (responsável por indicar parentes e laranjas de fazendeiros e políticos para serem beneficiados ilicitamente com lotes da reforma agrária); no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) (responsável por homologar os nomes de "laranjas" indicados pelo Sindicato, por fazendeiros e políticos, em troca de vantagem ilícita); na Prefeitura Municipal e Câmara dos Vereadores de Itanhangá/MT, (que estariam apoiando os interesses editando atos legislativos e intervindo junto a atos públicos). Entre os presos está um ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, e o atua vice-prefeito de Itanhangá, Rui Schenkel.
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