O advogado Luiz Alfredo Ferezim de Abreu, que defende a Associação dos Produtores da Suiá Missú, argumenta que a perita responsável pelo laudo usado na demarcação da reserva indígena de Maraiwatsede sequer foi à área em questão.
“A perita, doutora Inês Rosa Bueno, confessa nos autos que sequer foi à área. Se baseou pura e simplesmente em documentos fornecidos pela [Fundação Nacional do Índio ] Funai”, afirmou Ferezim em entrevista ao
Olhar Direto.
“A Funai deslocou as áreas das verdadeiras antigas aldeias xavantes para o local do litígio porque foi criada uma comissão para levantar onde existia os cemitérios, as aldeias. E quando levantou as cadeias para se fazer a demarcação, as áreas tinham sido desapropriadas para fim de reforma agrária”, argumenta.
“Os caciques vieram aos autos e trouxeram o mapa cartográfico que prova de maneira indubitável a fraude da Funai. O mapa cartográfico é elaborado pela própria Funai e é uma prova de que houve um deslocamento por conveniência da autarquia e do Incra nesse processo.
A BR-158 está bloqueada em protesto pelo impasse desde a noite de sábado. Descontentes com decisão judicial que determina a desintrusão imediata, os posseiros decidiram radicalizar e também fecharam outras rodovias federais (080 e 242).
Confira abaixo o vídeo feito com exclusividade pelo
Olhar Direto.
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