O vice-governador Carlos Fávaro (PP) criticou o modelo de distribuição de poder que havia na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ex-vice-governador Chico Daltro (PSD), e afirmou que em seu mandato cumprirá apenas o papel que cabe constitucionalmente ao vice, ou seja, substituir o governador na sua ausência. Em entrevista exclusiva ao
Olhar Direto, ele informou que tem atuado também em missões especiais designadas pelo próprio governador Pedro Taques (PDT).
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“Desde o começo deixamos muito claro que a vice-governador só cumpriria o papel de vice, que é estar à disposição para substituir o governador em viagens internacionais, e missões especificas junto à administração estadual. Isso não é perda de poder, em hipótese alguma. Não adianta falar por decreto que metade do governo fica por conta do vice-governador. O governador pode e deve comandar as secretarias. Então não fazia sentido nenhum o modelo que existia de separar secretarias a cuidado do vice e secretarias a cuidado do governador. Era um modelo que não nos agradava, desde antes da campanha”, afirmou Fávaro.
A superestrutura da vice-governadoria implantada por Daltro em 2011, que abrigava diversos órgãos e funções, foi reduzida drasticamente com a reforma administrativa promovida por Taques este ano. Os 74 cargos foram reduzidos a 18. A Defesa Civil, o Centro de Processamento de Dados (Cepromat) e o MT Fomento deixaram de responder diretamente ao vice-governador e foram remanejados para outras pastas, acabando com os “superpoderes” do vice.
Além de afirmar que concorda com o fim dos “superpoderes”, Fávaro destacou ainda a boa relação que tem com o governador Pedro Taques. “Quero deixar clara a confiança, a lealdade recíproca que tenho com o governador Pedro Taques. Estou buscando cumprir com determinação e lealdade. Temos certeza que podemos retribuir a confiança do cidadão mato-grossense”, disse.
Entre as missões designadas por Taques para Fávaro está a criação do Observatório de Gestão, que compila os dados de todas as secretarias para ajudar na visualização do cenário e na tomada de decisões. Posteriormente, os dados serão divulgados em um portal da transparência. Fávaro tem sido o responsável também por intermediar o diálogo com a sociedade civil organizada. Como ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), ele tem trânsito entre a classe produtiva e outros setores econômicos.
