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Domingo, 05 de maio de 2024

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ELEIÇÕES DE 2014

"Eles têm medo de mim, sabem que vou dar trabalho", diz Éder Moraes sobre investigação

Foto: Lucas Bólico - OD

Ex-secretário de Fazenda, da Casa Civil e da Copa do Mundo e recém-nomeado para mais um cargo comissionado na administração estadual, Éder de Moraes Dias afirmou nesta segunda-feira (15) que a instauração de procedimento investigatório criminal pelo Ministério Público Federal (MPF) tem cunho político. “Eles têm medo de Éder Moraes. Sabem que vou disputar eleição para governador em 2014. Sabem que vou dar trabalho. Sabem que sou ‘duro na queda’. Esse tipo de situação só me motiva”, disse, em relação às pessoas que, segundo ele, estariam por trás de representação que gerou a abertura da investigação.


O MPF abriu investigação para apurar suposta prática dos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação tributária e quadrilha por Éder Moraes, conforme revelado pelo Olhar Jurídico em primeira mão. “Estou absolutamento tranquilo. Acho estranho esse tipo de investigação neste momento. É preciso saber de onde veio a denúncia (que provocou o MPF). É um factóide. Querem atacar minha honra. Mas, se há dúvidas, é preciso investigar de forma imparcial. É preciso investigar também outras pessoas, inclusive aquelas que se julgam próximas ao MPF. E o MPF não pode ter predileção por nomes”, acrescentou Moraes.

Embora questionado, o ex-secretário não citou nomes das pessoas que, segundo ele, estariam por trás de representação formulada junto ao MPF. Limitou-se apenas a dizer que construiu “muitos desafetos” durante a vida pública. “Não adianta fazer esse tipo de denúncia contra mim. Isso está cheirando a perseguição. Eu já fui investigado por mais de dez anos. Todas as acusações contra mim estão caindo por terra. A sociedade precisa estar atenta para perceber quem está por trás disso (nova investigação). Sempre trabalhei com lisura; por isso, o meu retorno ao governo. Estão judicializando e criminalizando as eleições de 2014 e isso é perigoso para democracia em Mato Grosso”.

Moraes afirmou que pretende apresentar ao MPF declarações de Imposto de Renda e até extratos bancários e sigilo telefônico. “Vou me antecipar”. Em meados do mês passado, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), nomeou o ex-secretário para a chefia do escritório de representação do governo em Brasília (DF). Ex-PR (Partido da República), Moraes disse que ainda está discutindo com alguns partidos sobre filiação.

Em 2012, o empresário Aldo Locatelli, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), declarou que tinha provas de que Moraes teria praticado lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. “Se Locatelli e Antero Paes de Barros (ex-senador) têm provas contra mim, eles devem apresentá-las ao MPF”, observou Moraes, após o Olhar Direto ter mencionado a declaração de Locatelli.

“Fui crucificado no caso dos maquinários, mas a Justiça já concluiu que não tive participação nenhuma. Apenas aprovei limite de crédito. Não participei de nenhuma aquisição (feita pelo governo)”, concluiu Moraes. No "escândalo dos maquinários", R$ 44 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos. Irregularidades foram detectadas em processos licitatórios realizados pelo governo estadual (comandado pelo atual senador Blairo Maggi naquela época) – um referente à compra de caminhões e o outro referente à compra de máquinas pesadas. Há uma série de processos em andamento. 
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