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Domingo, 19 de maio de 2024

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Retração

Estado corta 12,9 mil vagas de empregos em dezembro, revela Caged e MTE

Foto: Reprodução

Estado corta 12,9 mil vagas de empregos em dezembro, revela Caged e MTE
Mato Grosso perdeu 12,963 mil postos de trabalho em dezembro de 2012. O saldo negativo dobrou em relação a novembro que, até então havia sido o pior resultado do ano o corte de 5,910 mil vagas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nesta sexta-feira (25) demonstram que, nos últimos 5 anos, dezembro vem mantendo altos índices de demissões. Desde 2008, a queda no último mês do ano ultrapassa 10 mil postos.


Os 2 setores com maior retração de postos foram a agropecuária (-4,293 mil) e a indústria da transformação (-3,291 mil), ambos afetados pela sazonalidade. Entretanto, diferentemente da agropecuária, cuja contratação acompanha as safras, a indústria enfrenta problemas que se tornaram comuns no último bimestre de todo ano. A análise é do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, destacando a indústria madeireira, uma das que mais emprega no Estado e que enfrenta dificuldades em novembro e dezembro.

Milan explica que nesse período, a atividade das empresas desse segmento diminui, trabalhando em média com 1/3 da capacidade e gerando a dispensa grande de funcionários. Isso ocorre em razão das chuvas, que impossibilitam a retirada de toras da mata. “Você não tem estrada para retirar a madeira e algumas empresas ficam com 20% dos empregados nesse período. É problema sério o escoamento”, avalia o presidente da Fiemt, frisando que a situação se agrava com a falta de estrutura nas estradas e, segundo ele, a morosidade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente na liberação dos manejos.

“A empresa não tem como extrair para fazer estoque regulador e chega no fim do ano sem nada”, o que acaba reduzindo a produção e número de trabalhadores. Caso houvesse uma melhora do estoque, a indústria madeireira só “perderia” os funcionários que fazem a extração na mata.

Inesperado

Depois de um novembro com saldo positivo de 1,731 mil vagas, o setor comercial surpreendeu fechando com menos postos de trabalho (-926) em dezembro. O resultado chama a atenção porque esse segmento é o que mais emprega no fim do ano devido às contratações temporárias. Segundo o vice- presidente Câmara Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Célio Fernandes, é característica de dezembro, no comércio, que a contratação supere a demissão, que ocorre geralmente em janeiro - durante a experiência de 3 meses.

Fernandes acredita que dados nada animadores sobre a economia brasileira e a crise internacional podem ter influenciado em menos otimismo para efetivar temporários e até demissão antes de janeiro. “É mais uma hipótese neste cenário”, aponta o vice-presidente, destacando ainda a transição de empregado para empresário individual.

Acumulado

Mesmo com resultado ruim do último bimestre, o saldo de emprego no Estado em 2012 foi o melhor da série histórica, analisada desde 2003. Cerca de 461,4 mil pessoas foram contratadas e outras 424,857 mil desligadas, gerando um saldo de 36,571 mil. Esse montante é 7,30% maior que o registrado em 2011, que fechou com a criação de 34,031 mil novos postos.
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