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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Desintrusão em Marãiwatsédé

Forças policiais garantem apoio logístico para pequenos produtores

08 Dez 2012 - 10:30

Do Posto da Mata - Lucas Bólico/ enviado especial

Foto: José Medeiros - Fotos da Terra

Representante direto da Presidência da República na área de despejo, Nilton Tubino

Representante direto da Presidência da República na área de despejo, Nilton Tubino

As forças policiais que comandam a operação de desintrusão de não-índios da demarcação indígena Xavante Marãiwatsédé garantem apoio logístico para o despejo e transporte de bens dos pequenos produtores da região, os mais afetados pelo problema.


O representante direto da Presidência da República na área de despejo, Nilton Tubino, declarou ao Olhar Direto que durante a operação, caminhões serão usados para o transporte das posses dos ‘pequenos’. “A gente vai ajudar até a levar o gado, mas para quem tiver poucos, até umass quatro ou cinco cabeças”, afirmou ao Olhar Direto.

Os ‘pequenos’ também serão os únicos com acesso a uma nova terra. Eles estão sendo cadastrados pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (Inca) e serão encaminhados a um assentamento na antiga Fazenda Santa Rita, local que comporta 250 famílias.

Os maiores produtores não terão acesso a uma nova terra e nem a uma indenização. Isso porque no entendimento da Justiça, os moradores da região agiram de má fé e ocuparam a área após a demarcação da terra indígena, feita em 1993.

A decisão Judicial determina que os não-índios perderão as posses dos bens deixados na área após a desintrusão. A orientação das forças policiais é de que a retirada dos materiais comece a ser feita o quanto antes.

A desintrusão ainda não começou, apesar do término do período da saída voluntária, porque os oficias de justiça não chegaram ao local. A Funai e os produtores rurais disputam a área na Justiça há cerca de 20 anos e agora o desfecho está próximo.

Os produtores contestam o laudo antropológico apresentado pela Funai para basear a demarcação indígena. Segundo eles, o documento é fraudulento e possui deslocamentos da verdadeira área Xavante. A Justiça descorda.
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