O Grupo Galvão garante que as operações da Companhia de Águas do Brasil (CAB Ambiental) em Cuiabá não sofrerão alterações com a iniciativa de venda de fatia da companhia, após fracasso no processo de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e da compra de uma participação de um terço pelo BNDESPar (braço de participações do BNDES).
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Após fracasso, grupo Galvão já admite vender a CAB Ambiental
“O Grupo Galvão estuda a entrada de investidores na CAB, alinhada com a estratégia do grupo, que é baseada na criação de um portfólio de negócios que se constituem em oportunidades de investimento de capital. Não há prazo definido para a concretização desta operação, e não haverá nenhuma mudança ou alteração nas operações atuais da CAB”, garantiu a empresa.
Em nota, a CAB já havia confirmado a intenção da negociação. “Confirmamos o interesse de vender apenas uma fatia da CAB”, consta de trecho do texto.
O grupo Galvão está em conversações com grandes empresas do setor de saneamento básico oferecendo um terço do capital da CAB, que opera concessões e parcerias público-privadas em água e esgoto, mas não descarta negociar a fatia total de 67%.
Em Mato Grosso, a empresa tem operações em Alta Floresta, Colíder, Pontes e Lacerda, Comodoro e Canarana, além de Cuiabá, onde conquistou a concessão de água e esgoto neste ano por R$ 516 milhões (quantia a ser paga ao município). A CAB atua ainda em Santa Catarina, Paraná, Alagoas e São Paulo.
A empresa paulista foi escolhida em polêmico processo licitatório realizado pela prefeitura de Cuiabá. A Câmara de Vereadores aprovou autorização para a concessão, mas isso foi anulado pela Justiça. Depois, os parlamentares tiveram de reprovar o projeto. O município chegou a ser proibido temporariamente de realizar a licitação, mas assinou contrato com a CAB em fevereiro.