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Terça-feira, 14 de maio de 2024

Notícias | Coluna do Auro Ida

Coluna do Auro

Ida sobre Taques: "Até tu, Brutus"!!! Ou melhor "Petrus"!!!

A polÍ­tica mostra que existe uma distância enorme entre o discurso e a prática. Mal acaba uma eleição, alguns candidatos rasgam o que pregaram durante a campanha. Uma rotina que leva a classe polÍ­tica ao descrédito junto a população. Infelizmente, apesar da fidelidade partidária implantada na marra pela justiça eleitoral, os polÍ­ticos teimam a não cumpri-la, achando sempre um jeito de burlá-la.


Nesse quadro, tenho cobrado uma posição clara do senador eleito Pedro Taques (PDT), principalmente por dois motivos. O primeiro, porque assumiu o compromisso de ser diferente dos polÍ­ticos tradicionais e, segundo, porque foi, por assim dizer, o "depositário fiel" de milhares de eleitores que acreditaram que poderia mudar o "status quo".

Muita gente, porém, não entende que, por isso, Pedro Taques precisa, sim, ser cobrado desde já para que os compromissos, que assumiu durante a campanha
eleitoral, não sejam jogados na lata do lixo da polí­tica. A coerência entre o discurso e a prática tem que ser do começo ao fim. O que vamos cobrar ao final, é se merece ou não um novo mandato.

Na semana passada, ele se reuniu com membros do PDT e anunciou, pasmem, a sua saí­da do partido. Disse aos presentes que a lei da fidelidade partidária tem uma brecha que permite a troca de legenda sem que perca o mandato. Segundo ele, a formação de um novo partido é a válvula de escape. "Vou, junto com Mauro Mendes, para o partido que o senador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves", vai criar depois do segundo turno da eleição presidencial", deixando os pedetistas, presentes a reunião, atônitos.

O objetivo desse novo partido, de acordo com o senador eleito, é começar, desde já, a trabalhar a candidatura de Aécio Neves a presidência da República em 2014. Ele explicou que o ex-governador mineiro já percebeu que, no PSDB, não terá chance nenhuma, porque o partido é dominado pelos paulistas, capitaneados pelo candidato apresidente, José Serra, e o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckimin.
Pedro Taques disse ainda que estava se sentindo incomodado com a cobraça do presidente da legenda, Carlos Lupi, para se posicionar a favor da candidata do PT a Presidência da República, Dilma Rousself. "Não gosto de petistas", argumentou. O senador eleito informou que o seu voto será para José Serra.

A expectativa dos pedetistas de que alguns cargos no gabinete de Pedro Taques fossem destinados a eles também acabou frustrado. Ele afirmou que não deve nada ao PDT e que irá fazer as nomeações de acordo com seus interesses. "Só faltou dizer que fez um favor sendo candidato pelo PDT", lamentou um dos participantes da reunião a este colunista. Ou seja: o partido não tem nenhuma validade.

Fico imaginando como reagiria Leonel Brizola, já falecido, fundador do PDT. Me veio a cabeça, a cena em que o imperador roma no, Júlio César, traido pelos senadores, foi esfaqueado e, antes de morrer, percebeu a presença de seu sobrinho Brutus, quando disse a famosa frase: "Até tu, Brutus"!!. De onde estiver, Brizola deve estar a lamentar: "Até tu, Petrus". A polí­tica é isso: muda o rótulo, muda a garrafa, mas o conteúdo continua o mesmo. Desde o Imperio Romano.
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