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PROJETO NACIONAL

Maggi destaca ação para conquistar R$ 6,3 bi em obras, mas não enxerga viabilidade em ferrovia bioceânica

16 Jun 2015 - 12:19

Da Redação - Ronaldo Pacheco e Lucas Bólico

Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

Maggi destaca ação para conquistar R$ 6,3 bi em obras, mas não enxerga viabilidade em ferrovia bioceânica
Cantada em prosa e verso pelo governador José Pedro Taques (PDT) e por representantes do governo da China, a Ferrovia Transcontinental ou Bioceânica, ligando os portos dos oceanos Atlântico e Pacífico, só sai se houver decisão política, já que é economicamente inviável. A projeção partiu do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), um dos principais especialistas do Brasil em logística em transporte, ao avaliar o volume do investimento, com sua viabilidade técnica e econômica.

 
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Ele elogiou o esforço da bancada de Mato Grosso, no Congresso Nacional, para demonstrar a importância de cada projeto ao governo Dilma e conseguir inserir mais de R$ 6,3 bilhões em investimentos para Mato Grosso, superando a maioria dos estados.
 
“Eu não acredito nela [Ferrovia para o Pacífico] como uma obra pronta e acabada hoje, porque não tem viabilidade econômica e a viabilidade técnica é duvidosa. Não posso tirar o sonho de quem defende a obra [como o governador Pedro Taques], nem o sonho do governo Chinês, que deve estar pensando no mercado para eles daqui a 50 ou 60 anos. Eu não posso discutir quando a decisão é política. A técnica recomenda não fazê-la, mas a política diz vamos estudá-la”, argumentou o parlamentar republicano, na tribuna do Senado.
 
O grupo André Maggi é um dos maiores exportadores de grãos da América Latina e possui vários portos, conforme reportagens anteriores do Olha Direto. “Mato Grosso possui um imenso territóriopara produzir mais de150 milhões ou até 200 milhões de toneladas de grãos sozinho, no futuro. Tem território, tem gente e conhecimento para isso. O futuro é incerto quando nós não sabemos onde queremos ir, onde vamos e como vamos”, pontuou ele, deixando no ar uma provocação tácita.
 
Ele não chegou a detalhar que se referia à comemoração  de  Pedro Taques com o embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, e outros  empresários e diretores de empresas de construção pesada e bancos de investimentos chineses sobre a Ferrovia Transcontinental – desde o Rio de Janeiro até o Peru, passando por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.


  
Blairo Maggi destacou que as obras do programa de investimentos em logística do governo Dilma que vão beneficiar o escoamento da produção agrícola na região Centro-Oeste do Brasil. Ele considera as obras atraentes para a iniciativa privada, com viabilidade técnica e econômica.

O senador do PR deu ênfase para a duplicação da rodovia entre Rondonópolis e Goiânia; a BR-364, que sai de Comodoro, no noroeste de Mato Grosso e vai até Porto Velho, em Rondônia; a continuação da duplicação entre Sinop e Itiquira; além da inclusão da BR-163, que vai até o Pará, para a exportação da soja por um percurso quase mil quilômetros mais curto do que é feito atualmente.
 
“Cuiabá é Centro Geodésico da América do Sul: se quiser sair para o Atlântico ou o Pacífico, a distância é a mesma. Ao Sul, passa por Mato Grosso do Sul e São Paulo; ao noroeste, passar por Rondônia; ao Norte, pelo Pará; e a Leste, por Tocantins e Maranhão. Desta forma, qualquer obra é regional e não local”, justificou Maggi.
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