Expectativa para o IPCA de 2014 avançou de 6,40% para 6,43%.
Previsão para o crescimento da economia neste ano recuou para 0,20%.
Mais inflação em 2014 e 2015 e crescimento menor da economia brasileira neste ano. A previsão foi feita pelos economistas do mercado financeiro na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O levantamento da autoridade monetária foi feito com mais de 100 instituições financeiras.
A expectativa dos economistas para a inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, avançou de 6,40% para 6,43% na semana passada. Para 2015, porém, a previsão do mercado subiu de 6,40% para 6,45%.
Com isso, as estimativas do mercado financeiro, tanto para 2014 quanto para 2015, estão distantes da meta central de 4,5%, vigente no sistema brasileiro, e próximas do teto de 6,5%. Em doze meses até outubro, o IPCA, a inflação oficial do país, desacelerou, somando 6,59% – valor, porém, que ainda está acima do teto de 6,5%. A meta, porém, vale somente para anos fechados.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas baixaram, na semana passada, a estimativa de uma alta deste ano de 0,21% para 0,20%. Se confirmada, será a menor expansão desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia permaneceu em 0,80%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
No fim de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira teve retração de 0,6% no segundo trimestre deste ano e que estaria em "recessão técnica", que se caracteriza por dois trimestres seguidos de PIB negativo.
A prévia do PIB, do Banco Central, indica que o país pode ter registrado crescimento e, com isso, saído da recessão técnica no terceiro trimestre deste ano. Os dados oficiais do IBGE sobre o comportamento da economia entre julho e setembro sairão na próxima sexta-feira (29).
Taxa de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou para 11,25% ao ano no fim de outubro, a expectativa continuou sendo de um novo aumento, para 11,50% ao ano, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em dezembro deste ano.
Para o fechamento de 2015, a previsão permaneceu em 12% ao ano - o que pressupõe aumento em 2015.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2014, 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 subiu de R$ 2,53 para R$ 2,55 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 2,61 para R$ 2,65 por dólar.
A projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 caiu de US$ 400 milhões para US$ 100 milhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 6,5 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte ficou estável em US$ 58 bilhões.
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