Embora considere “pouco claro”, o governador eleito José Pedro Taques (PDT) negou que esteja articulando para derrubar o pedido de autorização de empréstimo feito pelo governador Silval Barbosa (PMDB), no valor de R$ 200 milhões, em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A verba seria destinada à conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), principal legado das obras da Copa do Pantanal Fifa 2014, para a Região Metropolitana de Cuiabá. Pedro Taques aproveitou para criticar a qualidade das obras, especialmente os viadutos da Sefaz, na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na Avenida Fernando Correa da Costa – Coxipó.
Silval faz suplementações milionárias e engorda caixas de TJ, AL, Secopa e Secom
“Eu recebi [a notícia sobre o empréstimo] com preocupação. Mas ainda vou checar qual a natureza dos recursos. O governo [atual] vai mandar os números [para a Comissão de Transição] e somente após verificar corretamente terei uma opinião formada”, pontuou Taques, no final da manhã desta segunda-feira (03/10), na saída da ‘Casa da Democracia’, após visita de cortesia ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Juvenal Pereira Silva.
Pedro Taques e o prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, passaram parte do dia de domingo visitando obras da Copa do Pantanal, na Região Metropolitana. “Fiz algumas visitas junto com o Mauro. O viaduto da Sefaz não tem condições de uso. Porquê? Isso deve ser melhor explicado. O viaduto da UFMT era para desafogar o trânsito na Fernando Corrêa, mas o quadro piorou. fizeram uma saída de emergência da UFMT para chegar à rua 1, do bairro Boa Esperança, mas o trânsito continua caótico, na região”, observou ele.
“Vou ser governador a partir de janeiro. E atualmente devemos que respeitar que o governador Silval. É certo que tenho o direito de receber as informações e o governador não vai negar a oferecer os dados para análise”, emendou ele, tomando o cuidado de não ‘bater de frente’ com o atual chefe do Poder Executivo.
Na semana passada, Pedro Taques já havia dado o ‘sim’ para Silval Barbosa assinar contrato de empréstimo de R$ 720 milhões com o Banco do Brasil, por conta do Programa de Pontes de Concreto e Recuperação de Rodovias (ProPontes).
Durante a campanha eleitoral em que foi eletio no primeiro turno, Pedro criticou durante o atual governo por supostamente “promover o maior endividamento da história de Mato Grosso”. Após a vitória nas urnas em 5 de outubro, ele passou a adotar mais cautela nas críticas a Silval Barbosa.
