O Ministério Público Estadual e a Câmara de Rondonópolis vão agir judicialmente contra o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) por esvaziar duas lagoas de esgoto direto no Rio Vermelho, que deságua no Pantanal. A vazão é de cerca de 230 litros/segundo de esgoto no rio, o que pode provocar danos ambientais.

“É um crime ambiental que pode interferir na reprodução dos peixes, na vida das famílias ribeirinhas, na alimentação de plantas e animais. Foi uma irresponsabilidade que caberia prisão aos responsáveis”, criticou o membro da Rede Socioambiental de Rondonópolis, Almir Araújo.

O Sanear resolveu tomar a medida porque está realizando melhorias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade, um investimento de R$ 10 milhões. O engenheiro ambiental do Sanear, Hermes Ávila de Castro, disse que o atual sistema de esgoto da cidade tem mais de duas décadas, mas só trata parcialmente o esgoto e todo o resto é lançado no rio Vermelho.

“O correto seria que eles organizassem melhor como tocariam as obras. Deveriam ter construído as outras piscinas de tratamento, direcionar a vazão das lagoas antigas para as novas, evitando o lançamento dos efluentes direto no rio. Eles queriam era economizar e o custo é do meio ambiente”, comentou Almir.



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