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Domingo, 28 de abril de 2024

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Sindicatos pressionam para ter reajuste da inflação e falam em greve; governo mantém diálogo aberto

Foto: José Medeiros/GCOM MT

Sindicatos pressionam para ter reajuste da inflação e falam em greve; governo mantém diálogo aberto
Diversas categorias de servidores do Executivo estadual ameaçam entrar em greve para pressionar o governo a pagar o reajuste da inflação, que segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 6,22% em 2014. Insatisfeitos com o anúncio feito pelo governador Pedro Taques (PDT) na reunião da última sexta-feira (15), de que a reposição inflacionária seria parcelada – sendo 3,11% este mês e os outros 3,11% conforme o aumento da receita do estado –, os servidores cobram o pagamento integral do reajuste de 6,22% na folha do mês de maio.


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Uma das categorias que mais criticam o parcelamento é a dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Daiane Renner, informou que, durante a reunião, chegou a se manifestar contra o pagamento de apenas 3,11%. Segundo ela, a categoria não tem mais nenhum outro aumento previsto em lei, por isso conta com o reajuste integral da inflação. Os servidores devem definir um posicionamento oficial em assembleia nesta terça-feira (19).

“A decisão de paralisação ou indicativo de greve só vai sair na assembleia geral. Mas já adiantamos ao governo que discordamos do pagamento parcelado da inflação que o governo está tentando impor. Até porque nem está garantida essa segunda metade, pois vai depender da avaliação do governo se a arrecadação do Estado consegue suportar esse valor. Nem fizemos campanha salarial porque priorizamos as melhorias no órgão, mas contávamos com a reposição da inflação. Pagar os 6,22% aos servidores do Detran trará um impacto de R$ 300 mil por mês, enquanto o órgão arrecada R$ 1,5 milhão por dia”, afirmou Daiane.

O presidente do Sindicato dos Servidores de Entidades do Meio Ambiente (Sintema), Gilcélio Lima, engrossou o coro contra o parcelamento, e espera uma resposta do secretário de Gestão, Julio Modesto, antes de votar o indicativo de greve em assembleia geral. “Esse parcelamento preocupa as categorias porque a reposição da inflação nunca foi parcelada. A proposta do Taques foi parcelar e ainda condicionar a segunda metade a um eventual superávit. Se não houver esse superávit, eu não sei como será”, disse.

Os integrantes dos Bombeiros e da Polícia Militar também discutirão a questão em assembleia geral na próxima quinta-feira (21), que contará com a presença das quatro associações da categoria: Associação dos Oficiais (Assof), Associação dos Subtenentes e Sargentos (Assoade), Associação dos Cabos e Soldados (ACS), e Associação dos Inativos e Pensionistas (Asmip). Apesar de ser os militares serem proibidos por lei de fazer greve, a vontade começa a ganhar corpo na tropa, inspirados por paralisações feitas pela corporação em outros Estados.

“Estamos insatisfeitos com a não concessão do índice de reposição inflacionário ainda em maio, e com o fato de o governador querer jogar nosso aumento, já aprovado em lei, de dezembro deste ano para maio do ano que vem. Ele quer revogar essa lei e aprovar outra. A insatisfação é muito grande”, afirmou o presidente da Assof, major Wanderson Nunes de Siqueira.

Outro lado

O secretário de Comunicação, Jean Campos, informou que haverá uma reunião nesta terça-feira (10), entre o Fórum Sindical e o secretário de Gestão, Júlio Modesto, para discutir a questão do reajuste da inflação. “O governador Pedro Taques determinou que o diálogo esteja sempre aberto com os servidores, de forma transparente”, disse. 
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