Faltando um mês para completar o contrato de gestão de 100 dias, o governador José Pedro Taques (PDT), que não participou do início dos trabalhos, convocou o secretariado para cobrar maior austeridade na busca do equilíbrio fiscal e apresentação de resultados. Todos os assessores de primeiro e segundo escalões se reuniram na Sala Ipê da Escola Fazendária, no Complexo da Secretaria de Estado de Fazenda, na manhã deste sábado (7).
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A meta ainda é aumentar receitas e reduzir despesas, inicialmente para cobrir os restos a pagar de R$ 1,77 bilhão e fazer frente aos novos desafios.
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Curiosamente coube ao vice-governador Carlos Fávaro (PP), cada vez mais presente nas decisões amargas do Estado, a missão de comunicar ao secretariado que o cofre do Tesouro do Estado permanecem trancafiados e que a ordem é economizar. Ele faz a cobrança mais dura perante o staff. Pedro Taques e o secretário Paulo Zamara Taques, chefe da Casa Civil, estavam em outro evento e não puderam participar da abertura.
“O nosso trabalho é árduo. É fazer com que as pessoas tenham serviços públicos de qualidade em Mato Grosso. Cada centavo que não for bem aplicado pode resultar em gente morrendo, na ponta”, observou Fávaro. “Durante a campanha, ouvi a história de uma avó que fez o parto da neta. Me emocionei, mas isso não pode mais acontecer”, emendou o vice-governador.
O secretário Paulo Ricardo Brustolim, de Fazenda, disse que existe a possibilidade de crescimento da receita, mas, enquanto isso não acontecer, a ordem é economizar ao máximo. “Há pessoas morrendo lá fora, sem atendimento adequado. Aplicar o dinheiro público com coerência e seriedade significa salvar vidas. Vamos pegar o martelo e bater firme no prego… no prego da austeridade fiscal”, definiu Brustolim.
“Temos de manter o controle absoluto sobre as despesas, senão termos dificuldades de honrar os contratos de gestão”, advertiu o secretário Carlos Antônio da Rocha, adjunto do Tesouro da Sefaz. Ele passou boa parte da reunião ensinando os colegas a economizar.
O secretário Marco Aurélio Marrafon, de Planejamento, esclareceu que a programação financeira será mantida, mas cobrou prioridade e espírito de superação. “São nas noites mais escuras que as maiores estrelas brilham intensamente”, filosofou Marrafon.
