Cinco dias. É o prazo em que presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), comanda o governo de Mato Grosso, em substituição ao governador José Pedro Taques (PSDB), que se encontra em visita oficial à Bolívia, Peru e Chile. Ele assumi porque, na comitiva oficial do governador, segue também o vice-governador Carlos Fávro (PSD), secretário de Estado de Meio Ambiente.Taques reassume a chefia do Poder Executivo na próxima quarta-feira, dia 27 de abril.
Leia Mais:
Setor produtivo de Mato Grosso busca novas alternativas de escoamento pelo Pacífico
Num momento em que está em disputa a renovação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o gesto de Pedro Taques deve ser interpretado de forma singular. E é clara sinalização de que o chefe do Poder Executivo deseja a permanência de Maluf à frente da Mesa Diretora do Poder Legislativo para o próximo biênio (2017/2018).
Guilherme Maluf admitiu que deve disputar a reeleição, com o escopo de dar continuidade às mudanças implementadas desde 2015, no Edifício Dante Martins de Oliveira. E, sem dúvida, o fato de assumir o comando do Palácio Paiaguás demonstra o respaldo que tem de Taques para compor a próxima Mesa Diretora, seja como presidente ou primeiro secretário.
Com uma postura independente e sem atrelamento a cargos públicos, já que declarou ser contra a perpetuação no poder e a favor da rotatividade, Guilherme Maluf tem sido assediado por outros deputados para que dê continuidade às mudanças implementadas. E, via de regra, que visam resgatar a credibilidade do Legislativo Estadual da sua condição negativa levada por conta de sucessivos escândalos, nas últimas duas décadas.
“Não sou candidato de mim mesmo e defendo que todos os deputados participem da gestão do Poder Legislativo, como acontece neste último ano”, argumentou ele, para a reportagem do
Olhar Direto. “É claro que a responsabilidade financeira e administrativa do poder recai na minha pessoa enquanto presidente e na pessoa do deputado Ninhinho Ondanir Bortolini, titular da Primeira Secretaria, mas não se pode desconhecer que as medidas adotadas desde 2015 foram tomadas em conjunto pelo Colégio de Líderes, que reúne os 24 deputados estaduais”, ponderou o atual presidente.
Maluf sinalizou que as medidas adotadas constam de um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) assinado como o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público e que visam dar transparência, eficiência e principalmente respaldo as atividades parlamentares e os resultados da mesma no cunho social.
“Estamos transformando a Assembleia Legislativa na Casa do Povo, ou seja, os avanços conquistados e a transparência implementada em prol de Mato Grosso demonstram que os deputados e a Casa de Leis mudou seu perfil para melhor”, citou Guilherme. “Agora não esperem resultados imediatos, ou seja, é preciso um tempo de maturação para que comecem a surgir pontos favoráveis a atividade parlamentar”, avaliou o presidente.
Cuiabano e de família tradicional, Guilherme Maluf avisou que assumiu o governo do Estado, mesmo que por pouco tempo, com esmero e dedicação. “Qual filho da terra não quer ter o privilégio de assumir os destinos do Estado para demonstrar que é possível se vencer com determinação, com trabalho e com dedicação[?]”, questionou o presidente da Assembleia. Ele entende que Pedro Taques e Carlos Fávaro terão a tranquilidade de viajar para representar Mato Grosso com a certeza de que Mato Grosso estará cuidado com o máximo de zelo e responsabilidade.
