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Regulamentos complexos de biotecnologia desencorajam pesquisas sobre algodão

23 Out 2012 - 17:22

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Regulamentos complexos de biotecnologia desencorajam pesquisas sobre algodão
Os regulamentos complexos de biossegurança, assim como os direitos de propriedade intelectual, estão impedindo a propagação de aplicações biotecnológicas na cadeia do algodão. Essa análise resulta da 71ª Reunião Plenária do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC na sigla em inglês), realizada neste mês de outubro na Suíça.

De acordo com a Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (AMPA), que esteve representada no encontro, o tema foi amplamente discutido e, segundo demonstraram especialistas na ocasião, uma regulamentação devidamente desenhada cobrindo os direitos sobre a propriedade intelectual encorajaria os investimentos em pesquisa.

Sem o desenvolvimento adequado na área de pesquisas, a cultura estaciona e deixa de conquistar avanços na cadeia, como ganho cada vez maior de produtividade nas lavouras.

A Comissão de Pesquisa de Produção de Algodão do ICAC relatou durante a plenária que processo de aprovação regulamentar para os produtos da biotecnologia é “complexo, demorado e caro”.

Os pesquisadores reunidos observaram que os padrões de qualidade da semente do algodão para o plantio e a nomenclatura utilizada para descrevê-los variam de um país para outro e, diante disso, ficou acertada que, na próxima Reunião Plenária, será proposta uma nomenclatura uniforme para descrever a qualidade das sementes de plantio que possa ser entendida por todos os países.

Na plenária de 2013, a Comissão de Pesquisa de Produção de Algodão do ICAC irá realizar o seu seminário técnico com o tema “Superando o período de não crescimento da produtividade”, no qual deve ampliar as discussões iniciadas este ano.

O ICAC

O ICAC é uma associação governamental composta por membros de 41 países de todos os continentes, que tem a missão de prover informações e sugestões para solução de problemas, servir de elo entre a cadeia produtiva, comercial e o consumidor final, assim como assistir os governos das nações produtoras na elaboração de políticas econômicas para o setor da cotonicultura, visando estimular uma economia mundial mais saudável no que concerne ao algodão.

O Brasil esteve representado no evento pelo presidente da Abrapa, Sérgio De Marco, e pelo gestor de sustentabilidade da entidade, Denilson Galbero; pelo produtor João Luiz Ribas Pessa, membro do Conselho Consultivo da AMPA e delegado da Abrapa; pelo diretor executivo da AMPA, Décio Tocantins; por Sávio Pereira e José Maria dos Anjos, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e por Andrew Macdonald, da Amcon Consulting. chairman de um dos grupos do ICAC - o CSITC.

Além do Brasil, são países membros do ICAC: Argentina, Austrália, Bélgica, Burkina Faso, Camarões, Chade, China (Taiwan), Colômbia, Costa do Marfim, Egito, França, Alemanha, Grécia, Índia, Irã, Itália, Cazaquistão, Quênia, Coréia, Mali, Moçambique, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Peru, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, Sudão, Suíça, Síria, Tanzânia, Togo, Turquia, Uganda, Estados Unidos, Uzbequistão, Zâmbia e Zimbabwe. Com informações da AMPA.
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