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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Pecuária

Juízes e treinadores dizem estar surpresos com a genética da raça mangalarga marchador

A Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador é considerada a copa do mundo da raça. Mais de 1.200 animais em pista, divididos entre 118 campeonatos, entre a marcha batida e a marcha picada. Na hora do julgamento, a qualidade dos animais está chamando atenção dos juízes, com trabalho difícil diante da evolução genética do mangalarga marchador.

Todos os dias é um sobe e desce na rampa dos campeões conforme as categorias vão sendo julgadas. É o momento de comprovar se o trabalho feito nos haras está no caminho certo. O gerente de um haras em Santa Esmeralda, Sinval Vieira Neto, diz que os bons já nascem na marcha certa, mas é preciso lapidar para conquistar títulos nacionais.

– O bom marchador já nasce bom, mas tem o trabalho dos apresentadores, a dedicação no dia a dia, sempre mexendo na guia, isso que faz o animal chegar na nacional e bater na ponta, despontar – diz Vieira Neto.

Rubens Pesanha, que já foi jurado durante 10 anos e é técnico de registro desde 1978, diz estar satisfeito com o desenvolvimento da raça e como um todo da beleza racial ao diagrama de marcha.

– No meu tempo era bem mais fácil porque nós não dávamos tanta ênfase ao andamento, hoje, nós temos animais "hiper-cômodos". Você pode pegar o décimo lugar de um concurso aqui na nacional, qualquer pessoa monta e vai ficar satisfeita. Essa evolução na qual eu posso dizer que fiz parte, colaborei com isso e está tendo resultado nessa exposição. Estou vendo bem – diz.

Na pista os jurados trabalham em várias frentes, a morfologia vai revelando que está fácil de identificar o legítimo mangalarga marchador pela expressão racial. Na montaria os juízes fazem o teste, experimentam o andar de cada animal.

– A análise de conformação é funcional, é aquele animal que vai desempenhar bem. O que o cavalo se propõe é o movimento, a marcha, o galope, o passo. A conformação é analisada desta forma animais funcionais – destaca Tiago Garcia, diretor da Escola Nacional de Árbitros.

Segundo ele, a evolução que mais surpreende é na chamada parte biomecânica, que tem ligação direta com a marcha. Comparando com um carro, seria como dizer que a raça saiu de 1.0 de potência para 1.8, 2.0 de força na hora de executar o diagrama do andamento.

–A genética de marcha está cada vez mais apurada, animais genuinamente marchados, dissociados com a distribuição dos tempos de apoio, como se quer e com potência, o animal é marchador – diz Garcia.
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