Olhar Direto

Terça-feira, 30 de abril de 2024

Opinião

Reflexões sobre o Dia da Defensoria Pública

Neste dia é bom recordar que a CF/88, por meio da Emenda Constitucional n.80, determina até 2022, a atuação dos Defensores Públicos em cada unidade jurisdicional dos Estados, proporcional à demanda e ao perfil da população. 
 
Portanto, a valorização da Defensoria Pública e a garantia dos direitos fundamentais,  como o  acesso à justiça aos vulneráveis, somente podem ser viabilizados por meio de orçamento digno,  isonomia e possibilidade de elaboração das propostas e construção da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
 
Pensar o contrário é tornar inviável a promoção dos direitos humanos, manter trancada ou fechar as portas da Justiça aos que mais necessitam.
 
A DEFENSORIA PUBLICA FOI CONSIDERADA A MAIS IMPORTANTE DO PAÍS pela população, em pesquisas recentes realizadas, por mais de uma instituição, como por exemplo, o  Conselho Nacional do Ministério Público, contudo é a que mais sofre na discussão orçamentária,  com fatia do bolo a cada ano MENOR,  comparado  às demais instituições autônomas e poderes.
 
Embora a luta sequer seja por isonomia, em relação aos Poderes, a garantia do mínimo existencial está a cada ano se perdendo,  pondo em xeque a exclusão dos vulneráveis do Sistema de Justiça  e o aumento da invisibilidade social, a cada dia mais escancarada com a calamidade e pandemia, em voraz alcance da massa carente.
 
É  preciso refletir tanto gestores públicos, sociedade civil, como as instituições de Defesa do Estado Democrático de Direito, a quem  interessa  a falta de assistência jurídica integral nas comarcas onde não há  Defensoria Pública?
 
 

João Paulo Carvalho Dias é defensor público em Mato Grosso há 16 anos e presidente da Associação Mato-grossense dos Defensores Públicos.
 
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