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Domingo, 28 de abril de 2024

Opinião

Mês do Folclore: o poder do imaginário para educação infantil

Na educação infantil muitas coisas são fundamentais para o melhor aprendizado e desenvolvimento de cada criança.

No mês que comemoramos o Dia Nacional do Folclore, 22 de agosto - me veio em mente o quanto o as estórias ou, mesmo, histórias podem ser uma ferramenta eficiente para o ensino em cada fase. Entre elas, a da alfabetização.

É de amplo conhecimento que todos nós gostamos de “imaginar” até na fase adulta e, por isso, acompanhamos filmes, séries e lemos livros de temas diversos.

Na infância, nosso cérebro está muito mais aberto a estas referências.

Além disso, ao visualizar outros “cenários” e imaginar contextos, a vida se torna mais leve.

Defendo sempre que estimular a imaginação é uma das maneiras mais bonitas e proveitosas de se viver.

Não à toa, aqui no Berçário e Educação Infantil Tia Coruja, optamos pela cartilha de Iracema Meireles e Eloisa Meireles como forma de tornar este processo algo mais lúdico - onde o início da alfabetização em nossa escolha, se dá por meio de uma estória (e em cada momento vivido nesta cartilha, uma nova sílaba é compreendida pelos alunos).

Aqui atuo como coordenadora pedagógica e professora e sinto o quanto este processo facilita para compreensão do conteúdo.

É comum que até o meio do ano, maior parte dos alunos esteja sabendo ler e escrever. Inclusive, crianças novas na escola, que já tiveram dificuldade com outros métodos de ensino - conseguem compreender algo que antes parecia “mais difícil”.

Tenho certeza que a integração entre os alunos e o tratamento extremamente humanizado, pelo método sociointeracionista, também é um de tantos outros fatores que influenciam na sensação de pertencimento de cada aluno e aluna que vive este processo.

Influencia diretamente na autoestima e segurança, porque o ambiente escolar, maior parte do tempo - para nós, é muito mais do que o processo de aprender ou de ensinar para a criança, mas compartilharmos um espaço que se estende como o segundo ninho.

Com a mente mais tranquila e o coraçãozinho também, eles se entregam com mais facilidade ao processo de aprendizagem.

Ainda há muito o que se caminhar quando o assunto é humanização e método de ensino dentro das escolas no Brasil, mas sem sombra de dúvida, quanto maior o número de pessoas envolvidas no processo, melhor. Isso inclui os pais, cuidadores, familiares e todos os que forem do convívio da criança.

Em alguns momentos dentro do ano letivo, além de personagens folclóricos, também trabalhamos com fábulas. As crianças se fantasiam de personagens das estórias e vivem dentro de um “cenário” (salas de aulas transformadas pelas professoras), todo personalizado, como, por exemplo, na estória do lobo e os três porquinhos.

Em outro momento, também, em uma casa toda feita de “doces”, como na estória de João e Maria. Neste momento eles são parte do enredo, as brincadeiras são parte da fábula, parte da estória contada e vivida.

O universo criado é um potencializador da compreensão da criança, da realidade que ela assimila através da imaginação.

Poderia ressaltar também, que muitos elementos culturais podem ser inclusos nestes momentos, como musicalidade, artes plásticas, cultura local e gastronomia. São possibilidades infinitas.

Um conselho que posso dar a qualquer pessoa que queira ensinar ou ampliar o vínculo com crianças, é: narre estórias com mensagens interessantes. Leia mais livros infantis, desenhe, dance e se envolva.Isso é transformador.

Não só no Dia do Folclore ou em datas especiais. Todos os dias do ano podem se tornar mágicos, escolha tempo de qualidade e transforme isso em algo invesquecível, você não vai se arrepender.

Eliane Maia É educadora há quase 30 anos – fundadora e coordenadora pedagógica do Berçário e Educação Infantil Tia Coruja.
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