Depois de Nova York, veio Londres, agora Milão. A capital italiana da moda apresenta do dia 19 até o dia 24 de fevereiro, 36 grifes durante a semana de moda. Tendo grandes nomes da alta-costura, o fashion week de inverno 2015 promete ser o mais quente da temporada!

O start com Gucci



A grife abriu o evento com a influência mod sessentinha, minivestidos em shape A, conjuntinhos de alfaiataria monocromáticos e botas baixas de cano alto, foram alguns dos principais elementos que Frida Giannini utilizou para criar a sua própria versão da Swinging London (termo usado para descrever a efervescência cultural e o modernismo de costumes em Londres, nos anos 60). A designer soube atualizar o mood retrô de maneira sofisticada. Os vestidos ganharam detalhes em couro, golinhas masculinas, aplicação de pedrarias e aberturas estratégicas, tudo para modernizar o look das londrinas nos anos 60. As botas receberam texturas envernizadas, de píton e estampas de leopardo que prometem ser os must-have.

Na quinta feira (20), destacamos às famosas: Fendi e Moschino.

Fendi



O mix do militar com o esporte deixou tudo mais street como pede a temporada. As habituais texturas peludas de Karl vieram sobre as parkas, apareceu em mangas, barras e capuzes, pintados à mão e até recortadas com influência do movimento Bauhaus. A transparência das saias e vestidos midi deram leveza aos casacos oversized, enquanto as minis plissadas combinadas a bombers jacket metalizadas e looks com detalhes de tela deram toque esportivo e feminino. Balanceou as produções superinvernais com elementos que deram leveza a looks chics e urbanos. O toque fun ficou por conta do chaveiro, uma miniatura do próprio Lagerfeld, que surgiu na passarela nas mãos de Cara Delevingne.

Moschino



Como uma homenagem, grandes elementos da grife apareceram no show: a estampa de vaca, a logomania de cintos, correntes douradas e muito couro. Com referências à cultura de massa: redes fast-food e embalagens de snacks, até personagens de animação. A moda vive um momento divertido nas ruas, e a Moschino leva suas peças ao streetstyle, através da contratação do estilista americano, Jeremy Scott, que colocou Rita Ora e Katy Perry na passarela. Segundo a jornalista Mari Imbar, “Scott é zoeira, e como Franco Moschino também era, que bom que o estilista finalmente está onde deveria: fazendo jus ao legado do fundador da marca. O desfile começou com uma cruza de looks bem clássicos da Chanel com roupagem de McDonald’s (McChanel?), seguiu carregada de correntes douradas, partiu para uma estética mais sadomasô e fechou com longos estampados de embalagens de balas e chocolates”.

Na sexta-feira (21), temos Emporio Armani e Versace como destaque:

Emporio Armani



Armani manteve-se urbana e elegante. Calças cropped soltas do corpo com blusas assimétricas suaves. A novidade fica por conta do sapato de borracha estilo Dr.Martens, que deixa o visual grunge. A coleção da mulher de negócios apresenta peças essenciais para compor um closet moderno e atemporal. O veludo recebeu aplicações de cristais e paetês brancos. Oxfords, flats decoradas com pérolas, meias de neoprene e uma gravata de vinil, também ganharam merecido destaque.

Versace



Os decotes estavam lá, assim como os recortes, as fendas e as transparências. Terninhos monocromáticos e casacos de inspiração militar roubaram a cena. Se as roupas foram menos, os acessórios foram mais: as botas de cano altíssimo e bordados dourados, não negam suas raízes barrocas italianas.

No sábado (22), com direito a fogo, a coleção de Roberto Cavalli esquenta a passarela:

Roberto Cavalli



O estilista apresentou uma coleção boho 20s, com vestidos inteiros bordados, de cintura baixa, jeito de melindrosa moderna com franjas e detalhes gypsy chic. Cavalli apostou em calças de alfaiataria com estampas psicodélicas, mas sem fugir da cartela de cores da vez, uma seqüência de cinzas, preto e branco, e vermelho, que surgiu em estampas que remetem a chamas. A estampa animal da vez foi a cobra. E para completar o apelo sexy, DNA da marca, saltos altíssimos.

No domingo (23) a Dolce & Gabanna mostra que, o Conto de Fadas é tendência:

Dolce & Gabanna



Uma das grifes que fizeram referência a histórias infantis para seus desfiles. A versão fashion dos personagens encantados, é antenada: em vez de uma capa vermelha de cetim, um capuz com textura peluda combinado com um romântico longo de seda. Na "floresta encantada" flores e animais silvestres, como corujas e esquilos, aparecem bordadas em vestidos e túnicas evasês e combinados com casacos ultrabordados e peles, além de luvas.

A Semana da Moda de Milão, criada em 1958, faz parte das "Big 4" - as quatro maiores semanas de moda internacionais. Começa com Nova York, e finaliza em Paris, que se apresenta só semana que vem.

*Isabella Marimon é estudante de Rádio e TV na UFMT e apaixonada por moda. Define ao Hype como a si mesma: politizado, educado, uma mistura de cult e glam, outros termos da moda meio antigos. O hype é inteligente e super descolado, veste roupas caras, porém sabe o valor de um bom brechó. Está super antenado em literatura – lê muito, inclusive Dostoievski-, cinema – curte Quentin Tarantino e Almodóvar -, gosta de arte e entende o mínimo que seja – saber quem foi Frida Khalo, ao menos.