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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Representante comercial de MT cria projeto para deficientes físicos saltarem de paraquedas

Foto: Reprodução

Representante comercial de MT cria projeto para deficientes físicos saltarem de paraquedas
Quando saltou de paraquedas pela primeira vez em junho de 2018, no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá), o representante comercial Newton Kehrwald descobriu o amor adormecido pelo paraquedismo, que logo se transformou em hobby. Depois de alguns anos, Newton começou a se questionar sobre a falta de inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiências, como cadeirantes e cegos, no mundo dos esportes radicais. 

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Funcionário de uma empresa fornecedora de cadeiras de rodas há cinco anos, ele decidiu que iria em busca de patrocinadores e parceiros para tirar o projeto do papel. Newton conta que queria proporcionar a mesma sensação de liberdade, que o emocionou logo no primeiro salto, para pessoas com deficiências físicas (PCDs). 

“Como trabalho nessa área e nunca vi ninguém fazendo isso, resolvi levantar esse projeto. Depois de saltar e abrir o paraquedas, é uma delícia a sensação de liberdade enquanto você contempla o visual. Então imagina essa sensação para uma pessoa que não tem mobilidade física. Lembro de um deficiente visual que quando saltou disse que estava se sentindo um pássaro. Isso não tem preço para mim, não há preço que pague”. 

O primeiro evento de saltos para PCDs aconteceu em Brasília (DF), no ano passado. Newton explica que o evento foi um sucesso e ofereceu saltos gratuitos para pessoas com Síndrome de Down, paralisia, amputados e deficientes visuais. Os participantes pularam de paraquedas na Esplanada dos Ministérios, onde não eram permitidos pousos há 13 anos, conta o representante comercial. 

“Um dia estava em um evento, há quase dois anos, de paraquedismo, pensei dentro do carro: por que não fazer uma inclusão social com cadeirantes? Liguei para a fábrica, falei com a diretora, a princípio causou estranhamento, mas se tornou um projeto. Foi um sucesso, pousamos bem no meio da Esplanada dos Ministérios. Foi um evento muito lindo”. 

Newton lembra que tentou fazer o evento em Mato Grosso, mas acabou não conseguindo e levou o paraquedismo para PCDs para Brasília. De acordo com ele, muitas pessoas ficaram surpresas com a iniciativa dele de unir pessoas com deficiência e esportes radicais. 

“No caso de cadeirantes, por exemplo, as pernas precisam ser amarradas, o pouso precisa ser mais centrado e tranquilo. Então, é um outro tipo de cuidado e contamos com profissionais já especializados”. 

 

Newton conta que devido ao envolvimento de profissionais e equipamentos especializados para uso dos PCDs, os custos de cada edição são muito altos, entre R$ 80 mil a R$ 180 mil. Por isso, ele precisa de patrocinadores que acreditem no projeto de inclusão. No momento, o sonho do representante comercial é proporcionar os saltos de paraquedas para moradores de Mato Grosso, durante o Festival de Inverno, em Chapada dos Guimarães. 

“Vamos conseguir, tenho certeza que o projeto vai sair em Mato Grosso e será o primeiro. É tudo gratuito. Me sinto emocionado, me emociono ao falar sobre isso e quando recebo eles na aterrissagem. Em Brasília eu chorava junto com eles, porque você vê a alegria não só deles, mas dos familiares e das pessoas que estão ali participando. Me sinto realizado em poder fazer isso para outras pessoas”. 

Newton ainda pretende ir além dos saltos de paraquedas e promover inclusão para PCDs terem acesso ao mergulho com cilindro em Mato Grosso, outro esporte radical que ele tem como hobby. Em setembro de 2021, ele proporcionou que cadeirantes pudessem entrar no Rio Guaporé, em Vila Bela da Santíssima Trindade. 

“Levei a cadeira de rodas anfíbia da Ortobras que permite entrar na água. Minha cunhada que é dermatologista também foi e atendeu gratuitamente lá. Colocamos mais de 80 cadeiras na água, no Rio Guaporé. No palco fiz uma promessa de que os deficientes iriam saber a sensação de estar embaixo da água e em cima do céu”. 

Para o representante comercial, os locais de banho de Mato Grosso também precisam promover adaptações para inclusão de PCDs. 

“Tinham cadeirantes  que nunca haviam entrado em um rio. Não vamos parar só no paraquedismo, quero fazer passeios de jet ski, lancha, flutuação em Nobres. Faz uma diferença muito grande poder oferecer isso. Os locais de banho também precisam de mais acessibilidade, investir em uma cadeira de rodas que pode entrar na água, para incentivar mais a inclusão”.
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