Investigador da Polícia Civil identificado pelas iniciais J.V.G., de 39 anos, envolvido na morte do idoso João Antônio Pinto, de 87 anos, na manhã de sexta-feira (23), em uma área de chácaras no Contorno Leste, em Cuiabá, já foi acusado de dopar e estuprar uma colega de farda. O fato aconteceu em novembro de 2022, em Goiânia (GO).
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Investigador da Polícia Civil que matou idoso de 87 anos diz que recebeu denúncia sobre homem armado
O Olhar Direto teve acesso ao boletim de ocorrência registrado pela vítima, de 33 anos. O documento foi formalizado no Plantão de Vítima da Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, em fevereiro de 2023, ou seja, três meses após o fato.
No B.O., a vítima narra que estava em Goiânia a serviço e que, em um dia de folga, resolveu ir a uma balada com uma amiga e o suspeito, que é seu colega de trabalho. Na boate, ela relata que viu o momento em que o investigador colocou algo em sua bebida, e que inclusive o investigado mostrou a ela o comprimido que teria utilizado. A policial civil ficou assustada e disse que não pode consumir nenhum tipo de droga, já que possui problema cardíaco.
Na manhã seguinte, a mulher chegou ao hotel onde estava hospedada. No local, ela dividia quarto com outras três pessoas, incluindo o policial.
Enquanto um dos colegas da vítima saiu para tomar café da manhã, a mulher foi tomar banho e depois tomou um remédio para dormir, já que sofre com problema de insônia. Quando estava sonolenta, ela relata que sentiu o policial se esfregando nela. A investigadora contou que pediu para que ele se retirasse da cama, mas sem sucesso.
O boletim ainda narra que após acordar e ir tomar banho, a policial sentiu uma ardência nas suas partes íntimas, momento em que descobriu que foi estuprada.
Três meses após o fato, ela procurou a delegacia da Mulher e registrou o boletim de ocorrência.
Morte de idoso
Investigador atirou e matou o idoso João Antônio Pinto, de 87 anos, durante um suposto confronto, em uma chácara no Contorno Leste, na sexta-feira (26). O idoso estava sofrendo ameaças de grileiros que alegavam pertencer às facções criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC).
O filho da vítima disse em depoimento à polícia que o pai andava armado, com o objeto de se proteger das ameaças, além de que o idoso possuía problemas de audição e baixa visão. Esses problemas podem ter gerado o confronto.
Nesta segunda-feira (26), J.V.G. prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou que recebeu uma denúncia sobre um homem armado que ameaçava pessoas.