O advogado do Cuiabá, Rafael Lewandowiski Libertuci, recebeu voz de prisão por parte de dois oficiais de justiça, depois de se recusar a receber uma notificação judicial e desacatar as autoridades na manhã desta segunda-feira (31), no Centro de Treinamento (CT) do clube. Posteriormente, ele foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. 

Leia também
Em Brasília, Mendes articula com ministro obras prioritárias para Mato Grosso

Segundo o relato dos oficiais de justiça, eles compareceram ao CT do Cuiabá para cumprir a decisão judicial emitida no último sábado (29), que determinava que o Dourado vendesse ingressos a R$ 150 para a partida contra o Flamengo.  No entanto, a recepção nesta segunda não foi das melhores. Os aficial afirmam que foram desacatados por Rafael, que chegou a amassar a notificação judicial e arremessá-la em direção à avenida Ayrton Senna, a mesma que dá acesso ao CT. 

“Comunicamos ao Doutor Rafael que o Cuiabá Esporte Clube estava devidamente intimado para cumprimento da liminar deferida, bem como citado para tomar conhecimento da ação, tudo, na sua pessoa, entregando-lhe a contrafé que foi recusada pelo mesmo em receber em mãos, bem como exarar seu ciente no mandado, momento em que estes Oficiais de Justiça, colocou a contrafé em cima da mesa do advogado Rafael”, narra os oficiais. 

Após deixar o documento sobre a mesa de Rafael, os servidores da Justiça relataram ainda que ele saiu da sala "resmungando" e “falando algumas coisas em direção a Avenida Ayrton Sena”. Ao se aproximar de uma grade de proteção, próxima à via, o advogado arremessou o documento e disse que ninguém "iria receber coisa nenhuma". 

De acordo com os oficiais, “ante tal afronta” foi dada voz de prisão ao advogado. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e Rafael conduzido à Delegacia da Polícia Civil do Bairro Verdão para responder "pelos atos praticados". Também foi registrado um boletim de ocorrência. O caso será investigado.