Arquivo de áudio que veio à tona nesta terça-feira (22) revela outra suposta negociação de propina envolvendo o prefeito de Diamantino, Manoel Loureiro Neto (MDB), acusado pelo empresário Alesandro Souza de Carvalho de exigir pagamentos de propina na ordem de 10% para liberação de pagamentos de notas fiscais emitidas por sua empresa.

Leia também
Cidadania foi pego de surpresa com anúncio de desfiliação de Faissal e deverá discutir liberação

A gravação é de uma ligação telefônica realizada no fim do ano passado. Na época, o prefeito passava as festas de final de ano em Fortaleza. Alesandro liga para o gestor e pergunta a ele qual o valor deverá ser repassado a Fernando Tenório, motorista do prefeito e apontado nas investigações como o recebedor da propina na ausência se seu chefe. 

“Opa, fala aí”, responde o prefeito ao atender a ligação. “Falei com o Fernando agora. Entrega quantos documentos para ele lá?”, pergunta o empresário. O prefeito então responde que pode passar o valor combinado. Em seguida, o empresário diz que recebeu R$ 45 mil e o prefeito fixa o valor em R$ 4,5 mil. “No máximo em meio hora tá na mão dele”, respondeu o empresário.  

Nesta segunda, vereadores de Diamantino rejeitaram a denúncia que pedia a cassação Manoel Loureiro Neto, que aparece em um vídeo gravado num consultório médico contando dinheiro advindo de um suposto esquema de propina. O processo foi arquivado na sessão ordinário desta segunda-feira (21). 

Em outro vídeo divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Olhar Direto, um suposto motorista de Manoel aparece recebendo uma quantia de dinheiro que, ao que parece, também seria fruto de propina. 

Nessa última gravação, é possível ver que o motorista estava com o carro parado às margens de uma rodovia à espera do homem que lhe entregaria o dinheiro. Ele aparece dentro de um Jeep Renegade. 

O homem entra no veículo, cumprimenta o suposto funcionário, pede que ele feche o vidro e entrega o dinheiro em seguida. “Eu vou lá depositar logo”, diz o motorista. “Mas hoje não tem banco. Deposita no Banco do Brasil, naquele negócio”, responde o homem que entrega o dinheiro. 

Ouça o áudio