O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT) Francisco Faiad defendeu que o Tribunal de Ética da entidade abra procedimento administrativo contra os advogados envolvidos na Operação Asafe, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18).
“As apurações devem ser feitas com a maior rapidez e não podem mais ser jogadas. As investigações devem ser o mais transparente possível. Vou solicitar ao Tribunal de Ética da OAB para que sejam instaurados procedimentos de todos os advogados envolvidos”, afirmou em entrevista ao
Olhar Direto.
Segundo Faiad, antes da abertura do procedimento administrativo, a OAB-MT deverá solicitar informações sobre o inquérito judicial, que corre em segredo de justiça.
Cinco advogados tiveram mandados de prisão decretados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até o momento quatro foram detidos e um está foragido. São eles: Célia Cury (esposa do ex-desembargador José Tadeu Cury), Alessandro Jacarandá (sócio de Célia Cury), Rodrigo Vieira (advogado), Santos de Souza Ribeiro (advogado) e Max Weize Mendonça (foragido).
Os advogados Renato Viana, André Castrilo e Eduardo Gomes tiveram os escritórios “invadidos” pela PF para o cumprimento de busca e apreensão.
A ministra do STJ Nancy Andrighi preside o inquérito e decretou ao todo nove mandados de prisão, além de 30 de busca e apreensão. Também foram presos Claudio Emanuel Camargo (empresário e genro do desembargador José Tadeu Cury), Jarbas Nascimento (chefe de gabinete de Tadeu Cury) e Alcenor Alves (ex-prefeito de Alto Paraguai).
A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de seis magistrados de Mato Grosso na tentativa de buscar documentos que revelem um esquema de venda de sentença no Judiciário mato-grossense.
São eles: Evandro Stábile (desembargador do TJMT e presidente do Tribunal TRE-MT); José Tadeu Cury (desembargador aposentado compulsoriamente); Donato Fortunato Ojeda (desembargador aposentado); Eduardo Jacob (juiz do TRE-MT); Ciro Miotto (juiz auxiliar do TJMT) e José Luiz de Carvalho (desembargador do TJMT) .
