Mais de 20 mil quilos de medicamentos adquiridos pelo governo do Estado, através da Secretaria de Saúde do Estado, que deveriam ser distribuídos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), estão com prazo de validade vencido no setor de almoxarifado da pasta e serão levados a Minas Gerais para incineração.

O relatório sobre o caso foi encaminhado pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica à Auditoria-Geral do Estado (AGE) para que seja devidamente apurada possível responsabilidade dos servidores da Saúde na perda dos remédios.

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry, afirmou que soube do prejuízo há dois meses e que já vem sendo realizada auditoria desde antes de assumir a pasta a fim de detectar a raiz do problema. Adiantou ainda que não irá por “panos quentes” em irregularidades cometidas pelas gestões anteriores.

“Se alguém pensa que vou esconder isso da sociedade está enganado. Tenho alertado o pessoal da secretaria para que isso não aconteça mais”, disse, ao argumentar que os servidores devem entrar em contato com a empresa fornecedora do medicamento, quando estiver próximo do vencimento, para que seja feita a troca e evite a perda.

Henry avalia que o episódio aconteceu devido ao curto prazo de validade dos medicamentos quando chegam à secretaria, já que antes o processo licitatório era demorado. Agora, depois que o governador Silval Barbosa (PMDB) autorizou a Saúde a realizar licitação, sem passar pela Secretaria de Administração do Estado (SAD), o trâmite dura, conforme o secretário, no máximo dois meses.

Os produtos serão encaminhados a Minas Gerais, pois é o local mais próximo que faz incineração desse tipo.