O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, 'diluiu' a vantagem e validade de alinhamento pró-Lúdio Cabral (PT) na disputa em Cuiabá ao assinalar que o governo federal não é 'discriminatório' para eventuais prefeitos que sejam eleitos na atual eleição independente de sigla a que pertença.
A constatação foi feita pelo ministro do PSB da base da presidente Dilma Rousseff (PT). "Dizer que é uma alegria de trazer meu apoio como ministro da Integração Nacional, ministro da presidente Dilma ao companheiro Mauro Mendes", tratou de separar qualquer privilégio de apoio ao candidato petista em coletiva com jornalistas nesa segunda-feira.
Silval e Lúdio reforçam alinhamento e pedem força a militantes e aliados
"O desafio (disputa PT-PSB) faz parte da base de sustentação do governo da presidente Dilma. Estaremos lá esperando Mauro a partir de primeiro de janeiro para que ele possa levar projetos para abrir não só as portas do governo federal, mas abrir portas em todos os outros ministérios", completa.
De acordo com o ministro, a presidente Dilma tem dado demonstração clara à sociedade de que "ela não discrimina ninguém, tem governado de forma republicana, todos partidos fora da base ou dentro base tem sido alvo da seleção de projetos".
Bezerra esteve em Cuiabá para participar de ato de apoio de educadores e gestores da rede municipal na noite de segunda-feira à candidatura Mauro Mendes (PSB), no Hotel Fazenda Mato Grosso. "O grande programa PAC tem selecionado projetos de todas as principais cidades, independentes de filiação partidária dos seus governadores", defendeu a política igualitária do tratamento nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal).
A relação é identificada na campanha de Lúdio como a tese de alinhamento para convencer o eleitorado a votar no petista pelo apoio Dilma e Silval Barbosa (PMDB). O fato é negado por Mauro e apoiadores, como os senadores Pedro Taques (PDT) e Blairo Maggi (PR).
O discurso do ministro Fernando Bezerra minimiza o alinhamento ao dizer que Dilma não é discriminatória em recursos e políticas públicas.
Discurso do medo
Durante o ato e conversa com cerca de 300 educadores e gestores no hotel, o ministro Fernando Bezerra reforçou a igualdade de política pública a Estados e municípios que deve ser aplicada pelo governante, seja ele presidente ou não. Ela entonou o discurso do medo como forma de pressão para o voto no petista em detrimento do candidato do PSB.
"Eles ameaçam de que os recursos só virão se o prefeito eleito for alinhado do governador e da presidenta Do governador eu não posso falar, mas da presidenta eu conheço, trabalho com ela", contou. "E ela é uma adminsitradora pública republicana. A Dilma não discrimina ninguém. Nem um governador, nenhum prefeito. Ela trata a todos de igual forma. O que vale para Dilma é competência, é qualidade de projeto".
De acordo com Bezerra, "se projeto é bom, tem mérito, o projeto será acolhido pelo governo federal", pois é dessa forma que a presidente Dilma orienta o trabalho dos ministros como ele.
