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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Demolição dos escombros da Igreja Renascer ainda depende de avaliação técnica

O guindaste e os equipamentos necessários para a demolição do que restou da igreja Renascer em Cristo, prevista para começar hoje ( 23), estão no local, onde na noite do último domingo (18), ocorreu o desabamento da estrutura do teto, causando a morte de nove pessoas e de mais de 100 feridos. Os trabalhos, porém, ainda não começaram. Desde as 11h, o assunto está sendo tratado em uma reunião na 1ª Delegacia Seccional com todos os técnicos e órgãos envolvidos.


Segundo a assessoria de imprensa da igreja Renascer, a área em declive dificulta a demolição e exige muita cautela por parte dos técnicos da empresa contratada, a Diez, especializada nesse tipo de ação. Pelo que ficou acordado entre o Ministério Público, a Subprefeitura da Sé e os administradores da igreja, a derrubada das paredes que sobraram será feita de forma manual, retirando tijolo por tijolo para evitar danos às construções vizinhas.

Nove imóveis (oito casas e um estabelecimento comercial) permanecem interditados pela Defesa Civil, porque havia o risco de serem atingidos pelos escombros. O guindaste foi colocado em um estacionamento de onde servirá para içar um operário que fará o trabalho suspenso no ar.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, o templo funcionou por um período alternado de 11 anos sem o alvará, que foi constatado com documento e depoimentos tomados ontem (22) durante cerca de cinco horas pela promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo, Mabel Tucunduva.

Ela ouviu o diretor do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Habitação, Vagner Pasotti, e o diretor de Divisão Técnica do órgão, Silvio de Sicco. Segundo o MP, o estabelecimento foi autuado por várias vezes pela Prefeitura que intimou os responsáveis pela igreja “a cumprir notificações de obras e serviços”, mas “o templo, entretanto, não foi interditado, à exceção de um período de 15 dias, em 1999 por exigência do Ministério Público”.

Conforme a nota, no depoimento à Tucunduva, Silvio de Sicco relatou ter vistoriado a sede mundial da igreja no dia 12 de julho de 2007, após reclamações de vizinhos. Mas, na época, segundo argumentou, não foram constatados indícios de irregularidades. A renovação do alvará, em julho do ano passado, foi feita com base em declaração do responsável legal, porque apenas em 28 de agosto de 2008 é que a legislação municipal passou a exigir declaração específica de técnicos especializados.

Dois feridos continuam em estado grave. Um deles é Fábio Jodas, internado no Hospital das clínicas e outra vítima Evelise Del Corso, está no Hospital Vergueiro. No Hospital São Paulo, a menina Stefanie Batanovi de Sá, de 9 anos, que também tinha um quadro grave já está na enfermaria ao lado de outros quatro pacientes que apresentaram melhora, evoluindo para uma estabilidade, segundo a assessoria de imprensa do hospital.
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