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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Cultura

Comunidades do País criam arte tipo exportação

As telas do artista plástico uruguaio Juan Muzzi se transformam em coloridas peças de cerâmica pelas mãos de Zeneide Maria de Mello e Silva, de 56 anos. E o trabalho, por sua vez, transforma a vida de Zeneide, ex-moradora de rua, hoje, artista plástica como ele. Com sua arte, ela já paga um teto para morar e poderá conseguir mais: os barcos, peixes, pratos que pinta começarão a ser exportados. Para atender ao mercado internacional, as comunidades se profissionalizaram e buscam se adequar às normas do comércio justo e sustentável.


A Reciclázaro, que atende 1,2 mil moradores de rua, quer exportar as peças criadas e produzidas por 54 homens e mulheres atendidos nas oficinas. No ano passado, vasos de vidro derretido, esculturas de PET e bolsas feitas de retalhos foram expostos em Munique e Stuttgart, na Alemanha, e vendidos para Espanha e Portugal. A organização agora tenta se adequar às normas internacionais do comércio justo e sustentável. Entre as normas, estão a não utilização de mão de obra escrava ou infantil, uso de materiais e processos produtivos que não ferem o meio ambiente.

Certificada no ano passado, a Mundaréu, com loja em São Paulo, desde 2002 está formando uma rede de 60 grupos produtores, de 14 Estados, voltada para o mercado externo - de São Paulo, participam a Conkistart, costureiras da zona leste da capital, e a Vitória Corte, que reúne mulheres de 11 comunidades do Guarujá, ambas especializadas na produção de sacolas “ecológicas” (de pano). A rede terá marca única e linha exclusiva para exportação.

Helena Sampaio, da Artesanato Solidário (Artesol), também certificada internacionalmente e que já formou 80 grupos produtores no Brasil, aponta, no entanto, dificuldades na exportação de produtos brasileiros produzidos sob os princípios do comércio justo e solidário. “No Brasil, ainda não existe a rubrica do comércio justo. Nossos produtos entram no mesmo saco dos sapatos de Franca, por exemplo. E concorrem com a indústria asiática, que vem até com dedinho de criança”, ironiza, se referindo a denúncias de utilização do trabalho infantil em países como China e Vietnã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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