Investigado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) por suposto envolvimento com a “máfia das ambulâncias, o vice da chapa encabeçada pelo candidato do PSB, empresário Mauro Mendes (PSB), deputado Otaviano Pivetta (PDT), afirma que o caso veio à tona com interesses eleitoreiros para tentar desestabilizar a campanha da coligação e “convocou” o primeiro-suplente de Blairo Maggi (PR) ao Senado, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, a também dar explicações.
Cidinho, que é ex-prefeito de Nova Marilândia (a 261 quilômetros de Cuiabá), está entre os 70 prefeitos mato-grossenses indiciados em 2006 pela Polícia Federal, assim como Pivetta. “Nessa lista também está o candidato a primeiro suplente de Blairo Maggi, José Aparecido dos Santos, o Cidinho. E convoco-o a também se explicar à sociedade”, cobrou.
Ao contrário de superfaturamento, o parlamentar alega que apesar do montante aprovado pelo Ministério da Saúde ter sido no valor de R$ 137,5 mil, o convênio nº 357/2001 foi fixado em R$ 110 mil. “Isso comprova que, no meu caso, houve uma economia e não um superfaturamento”, disse, argumentando que possui os documentos que comprovam a economia.
O pedetista lamenta o fato de, tanto os envolvidos no esquema de corrupção, liderado pelos empresários Darci e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócios da Planam, que forneceu as ambulâncias por valor acima do de comércio, quanto “os que não tiveram nada a ver com o esquema foram colocados na vala comum” e, sem qualquer critério, denunciados à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF).
Pivetta disse ainda que até agora não foi intimado a prestar depoimento e se colocou à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos.
Confira abaixo a nota na íntegra:
É lamentável que este assunto venha à tona por interesses eleitoreiros, na tentativa de desestabilizar a campanha da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você e não para elucidar a sociedade mato-grossense.
Que fique claro: não fui intimado para prestar depoimento algum. Mas me coloco à disposição da Justiça.
Aproveito para esclarecer à sociedade que infelizmente entrei numa lista da qual fizeram parte mais de 70 ex-prefeitos de Mato Grosso que aceitaram emendas parlamentares para a compra de ambulâncias, muitas delas superfaturadas.
Nessa lista também está o candidato a primeiro suplente de Blairo Maggi, José Aparecido dos Santos, o Cidinho,(ex-prefeito de Nova Marilândia). E convoco-o a também se explicar à sociedade.
Ocorre que tanto os envolvidos na corrupção, quanto aqueles que nada tiveram a ver com o esquema, foram sem qualquer critério denunciados à Justiça; colocados na vala comum.
No meu caso, a emenda veio do ex-deputado federal Ricarte de Freitas (PTB), pessoa com a qual nunca mantive contato. À época (2001), ele ofereceu a emenda a vereadores da base de oposição e eu não negaria o benefício à população.
O processo para a compra de um ônibus médico-odontológico foi elaborado pelo Ministério da Saúde e deu origem a um Plano de Trabalho do qual tomei conhecimento posterior. Apesar da aprovação do Ministério da Saúde ter sido no valor de R$ 137,5 mil, o convênio nº 357/2001 para a compra foi celebrado no valor de R$ 110 mil. Isso comprova que, no meu caso, houve uma economia e não um superfaturamento.
Tenho os documentos que comprovam essa economia, além de fotos do ônibus médico-odontológico que realmente foi comprado, equipado e serve aos moradores da zona rural de Lucas do Rio Verde até hoje.
Já distribuí estes documentos à imprensa de Mato Grosso e à Justiça, em outra ocasião.
Otaviano Pivetta
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