A criação de um espaço onde atacadistas e feirantes possam atuar em condições adequadas de trabalho voltou a ser debatida pelo candidato ao Senado, Pedro Taques (PDT) . Como procurador da República, o pedetista já havia ajuizado ação pela construção de um local com moldes semelhante a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais, a CEAGESP/CEASA, de São Paulo, na Capital mato-grossense. Na manhã desta quarta-feira (22), o candidato reforçou a necessidade da construção de um novo espaço após visita ao Terminal Atacadista de Cuiabá.

O local, situado no bairro Verdão, é o único terminal atacadista de hortifruti e granjeiro da região. De acordo com a Diretoria da Comissão de Mudança do Terminal Atacadista, ao todo, são garantidos ali 1 mil empregos diretos e mais 10 mil indiretos no campo. A principal demanda daqueles trabalhadores é a construção de uma estrutura adequada que atenda as necessidades de vendedores e comerciantes.

O coordenador da Comissão,Wanderley Aparecido dos Santos, explica que o terminal foi criado há 15 anos como uma estrutura provisória hoje, obsoleta. Segundo Santos, outro agravante preocupa os comerciantes que dependem do local para sobreviver. No ano passado a Prefeitura de Cuiabá enviou notificação informando que o centro comercial seria removido daquele lugar, mas até então os usuários do espaço não sabem para "onde e quando vão".

“Por conta das obras da Copa esse local terá que desaparecer. Já fomos notificados, mas até então ninguém disse para onde vamos”, indigna-se o coordenador. “A comissão da Agecopa não recebeu a gente até agora. O que nós queremos é saber o que está acontecendo, queremos participar efetivamente do planejamento, construção e administração do novo local. É um direito que temos”, acrescenta.

"Não vivemos sem o pequeno produtor. É da agricultura familiar que vem o tomate e o alface que consumimos todos os dias. Construir um local adequado para as trocas comerciais é tratar o comerciante e o pequeno produtor de Mato Grosso com dignidade, e isso deve ser prioridade dos governos", afirmou Taques.
Apoio de atacadistas e feirantes

Para conhecer os problemas enfrentados pelos trabalhadores que atuam no Terminal Atacadista de Cuiabá e ver de perto o cotidiano de quem acorda bem cedo todos os dias, Pedro Taques conversou com dezenas de pessoas que estavam por lá e descobriu vários apoiadores de sua candidatura. Entre eles, Helena dos Santos, que estava comprando mercadorias para o ‘mercadinho’ que administra no Centro de Cuiabá. “Ele é uma pessoa séria, que não aceita corrupção”, disparou.

A comerciante conta que definiu o voto "123" ao descobrir por meio do programa eleitoral que Taques não pediu licença do Ministério Público Federal e sim demissão. "Deu pra perceber que ele é sério mesmo. Porque não é qualquer um que aceita perder o emprego por um sonho".

Para Helena, o combate à corrupção é a melhor via para diminuir as desigualdades. “Fico olhando o que esse pessoal faz. Essa história de comprar caminhão superfaturado é uma afronta! A gente levanta cedo, trabalha o dia inteiro, paga impostos e aí vêm os políticos e roubam tudo numa boa?”, indagou a trabalhadora, se referindo ao escândalo da compra superfaturada de maquinários, protagonizada pelo Governo do Estado, que desviou mais de R$ 44 milhões dos cofres públicos de Mato Grosso. “Nossa hora de responder a toda essa falta de vergonha que se transformou a política é dia 03, na urna! Vamos eleger o Pedro para que nos ajude a acabar com isso”, conclui.

Mais adiante, Taques foi surpreendido pelo atacadista Janilson de Almeida. Indignado, também, com tanta "roubalheira" o trabalhador confidenciou ao ex-procurador: “Vou votar em você, mas odeio políticos". Em seguida, o feirante explicou. "A maioria dos políticos é pior que bandido: roubam dinheiro do povo, de hospital, de escola, de universidade, de asfalto. Tem gente que não percebe mas isso mata mais que o tráfico de drogas”, desabafou.

A agenda matutina do candidato ao Senado continuou pela manhã com uma visita a um canteiro de obras no bairro Morada do Ouro, onde discursou para 550 colaboradores que trabalham na construção de quatro prédios.