O alto número de eleitores que se abstiveram de votar, votaram em branco, ou anularam o voto, seria capaz de alterar o resultado das eleições. Somados, chegam a um total de 610.454 votos, que ficaram sem dono. Dos 2.094.032 aptos a votar, apenas 1.655.212 compareceram às urnas neste domingo (3).
O percentual de 20,96% de abstenção registrado nesta eleição é o mesmo que na eleição de 2006, quando o eleitorado era de 1.940.270 e 20,96%, representada por 390.654, deixaram de votar e exercer o exercício democrático do voto.
Se for aprovada mudança na Constituição Federal e o voto não ser mais obrigatório, a tendência é aumentar o número de “faltosos” de maneira estrondosa. A quantia de eleitores que não votaram em nenhum candidato é maior do que o número de votos atribuídos ao socialista Mauro Mendes (PSB), que, por pouco, não conseguiu levar a eleição para o segundo turno contra o atual governador Silval Barbosa (PMDB), o qual se reelegeu com 759.805 votos, logo no primeiro turno.
Para alguns, o voto facultativo vai aprimorar o exercício da democracia e que os países que têm uma tradição de regimes autoritários. Há outros entendimentos de que a falta de obrigatoriedade do voto pode desestimular o interesse e provocar desmotivação política entre os cidadãos.