O primeiro ato do governador Silval Barbosa (PMDB) após reeleito ao comando do Palácio Paiaguás por mais quatro anos será um “pente fino” nas finanças do Estado e, a partir daí, irá promover um corte nos gastos de aproximadamente R$ 100 milhões até o final do mandato, em dezembro deste ano, de modo a cumprir com o estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A redução do número de comissionados, conforme o secretário-chefe da Casa Civil Éder Moraes, que nesta terça-feira (5) após reunião com o secretariado, fez a vez de interlocutor do governo, também será analisada num estudo minucioso a ser promovido nos próximos dias pelas pastas, assim como a locação de veículos para atender as necessidades do governo. Hoje, o Estado loca 1.980 veículos.

Eder explica, no entanto, que o corte deverá ocorrer desde o uso de aparelhos celulares funcionais até a reavaliação dos fundos estaduais. Enfatiza que a medida “drástica” não prejudicará a população, que, segundo ele, vê com bons olhos a redução de gastos administrativos da máquina pública.

Na gestão dos antecessores a Silval e Blairo Maggi (PR),  todos os anos o balanço era fechado com gasto superior do que o previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada em ano anterior e que prevê onde são aplicados os recursos, pondera o titular da Casa Civil. Porém, agora, segundo Eder Moraes, a ideia é cumprir à risca o estabelecido na LOA.

O secretário explica ainda que a “economia” deverá "equilibrar" as finanças do Estado e, posteriormente, permitir maiores investimentos na saúde, educação e segurança pública. “Silval começa a implantar um novo conceito, mais humanizado”, salienta.

Mudanças no staff

Já em relação às mudanças imediatas na composição do secretariado, como havia adiantado Silval durante a campanha eleitoral, Éder alegou que as alterações no quadro serão tomadas exclusivamente pelo governador e, por isso, não quis se pronunciar sobre o assunto.