A Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) voltou de uma missão na China esta semana, onde se reuniu com legisladores do G8 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos), e do +5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul) para discutir sobre as alterações climáticas no mundo, problemas e propostas de soluções. A Conferência sobre Mudanças Climáticas da Organização Globe Internacional, ocorreu em Tianjin, na China, entre os dias 6 a 8 de novembro, e foi um marco para estabelecer diretrizes de como esses países devem tratar elevação da temperatura global.
Serys coordenou a missão brasileira que também contou com a Deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM) e o Deputado federal Augusto Carvalho (PPS-DF). A reunião concluiu que existe uma tendência clara de elevação da temperatura global para os próximos 100 anos e não há sinal de que essa tendência de aquecimento causada por atividades humanas esteja diminuindo de velocidade ou tenha parado.
“Os legisladores da GLOBE estão cientes do ponto de vista da ciência de que, para garantir a prosperidade futura e prevenir mudanças climáticas perigosas e irreversíveis, é necessário limitar o aumento da temperatura global média em 2 graus Celsius. Endossamos ações proativas desencadeadas com antecedência pela comunidade internacional. Se agirmos com rapidez, podemos reduzir o risco das mudanças climáticas perigosas e consolidar as metas de autonomia energética, crescimento sustentável, melhora da saúde, desenvolvimento, redução da pobreza e prevenção de conflitos”, informou Serys conforme o documento final do encontro.
Ela citou algumas diretrizes tiradas do encontro, que estabeleceu o princípio da “responsabilidade comum, mas diferenciada” com mais de 190 países. “Além de estabelecer seus próprios compromissos reais, esses países devem cumprir as regras internacionais por meio de ações concretas. Os legisladores da GLOBE se comprometeram a exercer um papel maior como coordenadores da legislação e a fazer esforços positivos e construtivos para facilitar as ações práticas empreendidas por cada país”, informou.
Em termos legislativos, os legisladores se mostraram responsáveis não apenas pela comunicação franca e aberta com o público, mas também pela elaboração de regulamentações racionais e sistemas legais com o propósito de concretizar a prosperidade futura e enfrentar com eficiência os desafios das mudanças climáticas a longo prazo.
“Nossa principal tarefa é estabelecer regras nacionais que tratem das mudanças climáticas, elaborar e aprovar legislação nacional, fiscalizar o cumprimento da legislação nacional e dos compromissos internacionais pelo governo e influenciar na aplicação das políticas por meio do debate dos legisladores e do trabalho dos legisladores da GLOBE.”
As próximas conferências do grupo já estão marcadas. A primeira será sobre mudanças climáticas da ONU em Cancun, no mês de dezembro de 2010, posteriormente na África do Sul em 2011 e na conferência Rio+20 no Brasil, em 2012.
