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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Economia

Dez maiores grupos financeiros passam a ter 94% das agências bancárias do país

A união entre Banco do Brasil e Banco Votorantim representa mais um passo na direção do aumento da concentração desse mercado no país. Um dos sinais mais visíveis desse movimento é a dificuldade cada vez maior de encontrar uma agência bancária que não faça parte dos dez maiores grupos financeiros do Brasil.


Atualmente, esse grupo de instituições financeiras responde por 94% das 18,9 mil agências bancárias em funcionamento no país. Esse cálculo foi feito a partir dos balanços apresentados pelos bancos em setembro, mas já considera as fusões anunciadas desde então.

Há dez anos, época em que Banespa, Banco Real e BankBoston ainda estavam entre os líderes de mercado, essa proporção estava em 76%. Se considerados apenas os cinco maiores bancos, a concentração chega a 90,1%, contra 57,4% em 1999.

A lista dos dez maiores bancos do país no início de 1999 também revela como os clientes têm tido cada vez menos escolha na hora de abrir uma conta. Há dez anos, esse grupo era composto exclusivamente pelas chamadas instituições de varejo, que se destacavam pela elevada capacidade em captar depósitos por meio de contas correntes, poupança ou CDBs.
Dez anos depois, após as várias fusões ocorridas no setor, o grupo dos dez maiores inclui o próprio Votorantim, que ganhou mercado basicamente com operações como o financiamento de veículos, e o francês BNP Paribas, que tem como ponto forte a gestão de investimentos e possui, segundo o Banco Central, apenas quatro agências no país.

Outro reflexo do processo de consolidação do setor bancário é a maior concentração dos depósitos. Em setembro, segundo levantamento do BC, o total de recursos depositados nos bancos por seus clientes estava em R$ 1,082 trilhão, do qual 91,4% estavam nas dez maiores instituições financeiras. Há um ano --antes da união entre Itaú e Unibanco e da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, por exemplo-, essa proporção estava em 83,7%.

Os números do BC mostram ainda que, apesar de não crescer no mesmo ritmo da lucratividade do setor, o número de pessoas empregadas pelos bancos não tem diminuído nos últimos anos. Em tese, isso pode ser entendido como um sinal de que as fusões que têm acontecido não se traduziram em demissões em massa no setor.

Em setembro do ano passado, segundo o BC, as instituições financeiras empregavam 550,8 mil pessoas, praticamente empatando com os 550,4 mil registrados em dezembro de 2007. Os números não incluem, porém, funcionários terceirizados pelos bancos.
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