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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Economia

Queda na produção de carros estimula baixa nas taxas de juros futuros

Depois do movimento de correção de preços de ontem, os contratos de juros futuros retomam a trajetória de queda na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F). Apoiados em novas evidências de acentuada desaceleração econômica, os agentes passam a projetar taxa Selic abaixo de 12% para o final de 2009 e esperam uma atitude mais agressiva do Banco Central. 


No final do dia, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento para janeiro de 2010 apontava queda de 0,18 ponto percentual, para 11,88%. O contrato para janeiro 2011 tinha desvalorização de 0,21 ponto, a 11,94%. E janeiro 2012 apontava 12,07%, também com redução de 0,21 ponto.

Na ponta curta, o DI para julho de 2009 caía 0,13 ponto, para 12,47% ao ano. E o vencimento para março de 2009 tinha baixa de 0,03 ponto, a 13,20%.

Segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimento, Newton Rosa, o mercado começa a precificar um corte de juros superior a 0,5 ponto percentual na reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom).

" Aquela idéia de que o BC vai começar com 0,25 ponto não existe mais. O pessoal está entre 0,75 ponto e 1 ponto percentual " , aponta o especialista. " Não que o Banco Central vá realmente fazer isso. Mas o mercado começa a apostar suas fichas. "

O fraco desempenho da economia baliza essas expectativas, que ganharam fôlego, hoje, após a divulgação dos dados sobre a produção de automóveis.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no mês de dezembro, as fábricas produziram 102.053 veículos, o que representa uma queda de 54,1% ante o observado em dezembro de 2007. Sobre o novembro, a queda foi de 47,1% na produção.

Segundo Rosa, tomando como parâmetro os dados do setor automotivo é possível esperar uma forte retração na produção industrial no mês de dezembro. Vale lembrar que em novembro, a indústria encolheu 5,2%, pior resultado desde 1995.

De acordo com o economista, o quadro de forte desaceleração deve neutralizar as pressões de preço e levar a inflação para o centro da meta em 2009, o que deixa o BC mais tranqüilo para reduzir a taxa básica.

Ainda de acordo com Rosa, os agentes de mercado não estão mais precificando um ciclo de corte de 2 pontos percentuais em 2009. As apostas se dividem, agora, entre 2,5 e 3 pontos.

O especialista mantém sua previsão de corte de 0,5 ponto percentual na Selic para o dia 21 de janeiro, mas afirma que uma redução de 0,75 ponto não seria surpresa.

Nesta quinta-feira, o Tesouro Nacional realiza leilão para a venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN), Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F).

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