O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Rubens de Oliveira, empossou no final da tarde desta quarta-feira (31) os quatro novos desembargadores que irão compor o pleno. Segundo o magistrado, o principal objetivo dos novos ‘colegas’ é dar mais agilidade aos trâmites da Corte e buscar, com isso, recuperar a imagem desgastada pelas crises enfrentadas no ano passado.
“Espero que a recomposição plena do Tribunal possa recuperar o período perdido com a greve e o afastamento de alguns magistrados e o TJ tenha o mesmo ritmo de antes desses episódios”, afirmou Rubens, durante coletiva à imprensa, realizada antes da posse dos novos desembargadores.
Os juízes Dirceu dos Santos, Luiz Carlos da Costa, João Ferreira Filho e Pedro Sakamoto passam a assumir as cadeiras deixadas pelos aposentados Paulo Inácio Dias Lessa (merecimento), Donato Fortunato Ojeda (antiguidade), Jurandir Florêncio Castilho (merecimento) e Antônio Bitar Filho (antiguidade), respectivamente.
Os novos desembargadores reforçaram a principal meta citada pelo presidente, de tornar a prestação jurisdicional mai célere. “Viemos para somar e fazer nosso trabalho sem descuidar da qualidade. Ser mais um soldado dessa missão”, ressaltou Dirceu dos Santos. Luiz Carlos da Costa foi o único que não participou da coletiva.
A cerimônia de posse durou menos de uma hora e os novos desembargadores optaram por não fazer discurso. O governador Silval Barbosa (PMDB), bem como o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), também participaram do evento.
Crises
Desde 2009, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso vinha funcionando com um déficit de desembargadores e enfrentava séries crises, que prejudicaram a imagem do Judiciário mato-grossense. Como a greve dos servidores, que durou mais de três meses, e a aposentadoria compulsória de 10 magistrados, acusados de fazer parte do “Escândalo da Maçonaria”, esquema pelo qual os magistrados teriam desviado recursos do TJMT.