Um boletim de ocorrência registrado pelos policiais militares do 3º Batalhão de Cuiabá desmente a versão do menor T.E., 10 anos, que denunciou a invasão de sua casa por  PM’s, que mataram seu cachorro e depois o mandaram limpar o sangue do animal. O Major Carlos, subcomandante, confirmou, em entrevista ao Olhar Direto, que realmente houve a invasão, porém o suspeito do assalto estava na casa e fugiu.

Conforme o registro, os policiais alegam que teriam saído para atender uma ocorrência de assalto a uma residência no bairro Jardim Universitário. Após efetuarem rondas na região, três suspeitos de participar do roubo teriam indicado a casa de um suposto homem, conhecido como “Neguinho”, localizada no bairro Pedregal, onde haveria alguns pertences roubados da família.

Contrariando a versão do menino de 10 anos, que afirmou estar sozinho em casa quando os policiais invadiram o local e mataram o cachorro, os PM’s relataram que viram o suspeito Neguinho na frente da residência e, por isso, decidiram entrar. Eles narraram ainda que seria o próprio suspeito quem teria soltado o cachorro.

Diante das duas versões contraditórias, o Major Carlos explicou que não pode afirmar qual é a história correta, deixando claro que apenas as investigações da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar poderão esclarecer se houve erro na conduta dos policiais e um eventual abuso de autoridade.

O major confirmou apenas que houve a invasão a residência, pois, segundo os policiais, o suspeito estava na casa. No quarto que seria de Neguinho, a PM disse ter encontrado uma porção de maconha.

Sobre a identificação do suspeito, o major asseverou que apenas o apelido foi revelado como Neguinho, mas a identidade do rapaz não foi confirmada. “Eles não teriam entrado na casa de forma aleatória. Quem deu o nome do suspeito e a localização foram os próprios comparsas do assalto”.

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