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Domingo, 12 de maio de 2024

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Rede de supermercados vai ao Acre e traz 41 haitianos a MT

Foto: Alexandre Lima/O Alto Acre

Gerente de Recursos Humanos do Big Master, Osvaldo Rodrigues, com os haitianos em Brasileia, no Acre

Gerente de Recursos Humanos do Big Master, Osvaldo Rodrigues, com os haitianos em Brasileia, no Acre

Quarenta e um haitianos foram trazidos de Brasileia (AC) pela rede de supermercados Big Master para treinamento na central da empresa em Rondonópolis. Parte deve continuar na cidade e os demais serão encaminhados para trabalhar nas outras filiais em Campo Novo do Parecis, Nova Olímpia e Tangará da Serra. “Foi uma forma humanitária que encontramos em ajudar os refugiados”, comentou o gerente de Recursos Humanos do grupo, Osvaldo Rodrigues.


Mas o fato também gerou críticas de alguns setores de que a contratação de haitianos poderia causar desemprego à população local. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Valdemir Castilho, ponderou que apesar de ser uma ajuda humanitária, ele pensa na geração de empregos local. “Fiquei um pouco decepcionado. Demos um incentivo de R$ 150 mil (fazendo a terraplanagem da obra) e queremos os empregos para a população de Rondonópolis. O problema é [o risco] de se demitir pessoas daqui e abrir vagas para os haitianos”.

O gerente de recursos humanos do Big Master disse que nenhum dos dois mil funcionários da rede em quatro municípios foi demitido. Só em Rondonópolis são 439 trabalhadores. A vinda dos haitianos não representa a saída de ninguém. “Nem estávamos precisando de mais pessoas. Foi só uma forma de ajudar os refugiados. São 41 empregos apenas, é só uma forma contribuição aos haitianos dando-lhes oportunidade”.

Ele também disse estranhar a cobrança de que teria acordo com a prefeitura de Rondonópolis. “Nós investimentos mais de R$ 10 milhões na construção da loja. Esse serviço de terraplanagem foi uma forma de dar as boas-vindas ao grupo. Não temos nenhum acordo, nenhuma obrigação contratual. Pelo contrário, os impostos que geramos em ICMS são revertidos para o município”.

A Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho (MPT) fizeram inspeção na loja e constataram que a situação dos haitianos é legal. Conforme Rodrigues, eles falam espanhol e francês. “A população de Rondonópolis tem sido muito gentil doando livros para que aprendam português mais rápido, sendo solícita em ajudar”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Viriato Bispo Seabra, disse que se há legalidade nas contratações não vê nada demais em trazer refugiados para a cidade. “Como essas pessoas iriam sobreviver no país se não for trabalhando? Iriam para a marginalidade. O Haiti sofreu muito com problemas naturais e a cidade de Rondonópolis é de todos”.
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