Eloisa Maria da Silva tem 54 anos e mora na Cohab São Gonçalo, um dos bairros que mais sofreu com a tempestade da quinta-feira (1). Mais de 24 horas após a chuva ter dado uma trégua, a dona de casa ainda continuava limpando a casa. A lista de perdas que a chuva trouxe é a mesma dos vizinhos: colchões, roupas, armários, comida etc. E o medo de uma nova tempestade é constante.

A água subiu tanto durante a última tempestade que Eloisa Maria e a mãe, Paulina Teodora, de 78 anos, tiveram de subir em uma das mesas da casa para não ficarem com mais da metade do corpo submerso. Qualquer nuvem escura que aparece no céu é motivo de medo. E de acordo com a Defesa Civil, a expectativa é de que o mês de março todo seja bastante chuvoso.

A realidade de Eloisa se repete nas casas vizinhas. Na residência de Jucimara Marques dos Santos, de 27, a tempestade tirou muita coisa e deixou apenas a sensação de impotência. “Perdemos muita coisa, a chuva estragou sofá, colchão, tivemos que jogar roupas fora e a água ainda levou muita coisa, muita comida foi levada e muita estragou”, conta a dona de casa que só pode assistir a chuva e esperá-la ir embora para poder começar a limpar o estrago.

Em uma rápida volta pela região é possível encontrar muita coisa estendida nos muros, grades e portões expostas ao calor do sol. Além da triste realidade da Cohab São Gonçalo, a chuva ainda deixou casas destelhadas, barracos desmoronados, ruas alagadas e algumas pessoas feridas em outras regiões da capital.



O coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, Oscar Amélito Alves dos Santos, pede para que nos momentos de pico das chuvas os motoristas evitem ruas e avenidas com históricos de alagamento. Mas o alerta principal é para os moradores de áreas de rico. “É importante que eles não fiquem nesses locais nos momentos da chuva”, alerta.