O senador Paulo Duque (PMDB-RJ) disse hoje (4) que virá semana que vem a Brasília com o único compromisso de instalar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Representante mais velho do colegiado, cabe a ele comandar a sessão de abertura dos trabalhos que vai escolher o presidente da CPI.

Paulo Duque ressalta que foi feito um acordo entre base do governo e oposição e, por isso, acredita que a reunião contará com o mínimo de seis dos 11 senadores para que os trabalhos sejam iniciados. O parlamentar avisa, entretanto, que vai esperar por 15 minutos, caso não haja presença suficiente deixa a comissão e outra reunião só ocorrerá depois do feriado de Corpus Christi.

Defensor assumido da empresa, Duque admite que o trabalho da comissão de inquérito pode estender-se no recesso de julho desde que o regimento do Senado permita. Isso ocorreu nas investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios.

Até agora, no entanto, não há acordo para a escolha dos nomes que vão compor a presidência e a relatoria da CPI. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), apesar de trabalhar para a escolha de um relator, nunca assumiu que descartaria a presidência da comissão. Como maior bancada, cabe aos peemedebistas a primeira indicação dos cargos de direção.

Sobre um eventual veto do líder do PMDB ao nome do senador Romero Jucá (PMDB-RR) para a relatoria, Paulo Duque disse que isso é boato. “Sou amigo do Jucá e do Renan e nenhum dos dois me falou nada sobre vetos. Acho que essa história é papo-furado”, disse.

Suplente na CPI, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) acredita na instalação dos trabalho na véspera do feriado da semana que vem. “Até lá creio que haverá um acordo [sobre os nomes para relatoria e presidência] que permita a instalação”, afirmou.