Necessidade de pôr fim ao excesso de gambiarras, rede implantada arcaica – inclusive com adutoras de ferro, ausência de controle das ‘manobras’ e ampliação da rede para bairros formados a partir de ocupações ilegais. Esses são apenas alguns dos problemas identificados e com propostas de solução, apresentadas no Plano de Universalização da Água, formulado por técnicos da CAB Cuiabá para apreciação, ajustes e aprovação da Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário (Amaes), órgão responsável pela regulação e fiscalização do sistema.

O Plano de Universalização da Água chegou à Agência Municipal no final do ano passado. Dias depois, chegou o Plano do Esgotamento Sanitário, que incluiria a formatação de um novo conceito para resíduos sólidos (lixo urbano).


Os planos de Água e de Esgoto da CAB deveriam ser discutidos em uma série de audiências públicas, pela Amaes. Passados quase seis meses da chegada dos documentos às mãos do poder concedente, não houve uma discussão, sequer.

Quando apresentou a pesquisa de opinião pública sobre o desempenho da CAB, o prefeito Mauro Mendes disse que “em poucos dias” teria início os debates sobre cada plano, iniciando pela Água. Mas não começou.
A reportagem do Olhar Direto tentou várias entrevistas com a presidente da Amaes, médica veterinária Karla Regina Lavratti, mas não obteve êxito. Ela estaria em “viagem de trabalho”.
Já Mauro Mendes respondeu, via assessoria, que a discussão do Plano de Água, assim como o Plano de Esgotamento Sanitário, é competência da Amaes. Ele disse que pretende “auxiliar e não atropelar o processo”.

Na Câmara de Cuiabá, praticamente não existe a exigência de discussão do Plano de Água. A CAB se comprometeu em universalizar o abastecimento em três anos. Passado um terço do prazo, menos de 20% do previsto para o período foi executado.