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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Dengue

Estado defende-se e aponta os problemas que causaram epidemia

O auditório da Procuradoria Geral de Justiça foi palco, na tarde desta terça-feira, 30, da discussão de um tema que ocupa muito tempo, esforços e investimentos a cada ano: a dengue. A audiência pública foi uma iniciativa dos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF), com o propósito de debater e avaliar as medidas que estão sendo realizadas pelo poder público para evitar o avanço da doença em Cuiabá. O Estado faz sua defesa e aponta alguns dos problemas que causaram a epidemia.


A preocupação, mesmo com o período crítico das chuvas tendo passado, é que, recentemente, o Ministério da Saúde publicou dados que mostram que, enquanto o Brasil apresenta uma queda de 52,3% no número de casos de dengue em relação ao ano passado, Mato Grosso registra um crescimento de 116% nas notificações de doença. O Estado registra 16% das mortes por casos graves do país.

Essa “contramão” do Estado alertou o MPE e o MPF para discutir a questão. Um dos representantes da saúde estadual na audiência foi o coordenador da Vigilância Ambiental, Oberdan Lira. Ele diz que, apesar de existirem falhas, sim, na saúde em Mato Grosso, o maior problema que compactua com os dados é o reaparecimento do sorotipo 2 da dengue, um tipo violento da doença que não aparecia no Estado há muito tempo.

O vírus da dengue é subdividido em quatro sorotipos diferentes. Quando uma pessoa é infectada por um dos tipos, fica imune a ele. Portanto, como o sorotipo 2 estava fora de circulação na região há muitos anos, quem nasceu depois de sua última aparição está totalmente vulnerável a ele. Por isso tantas crianças infectadas este ano. 

Um dado interessante também apontado pela Secretaria de Estado de Saúde, SES-MT, é que 85% dos focos do Aedes aegypti são encontrados nos fundos de quintais habitados. Isso revela que, por mais que haja trabalho de autoridades da saúde, o trabalho fundamental é de cada cidadão, cuidando se seu espaço, não deixando água parada.

Oberdan alerta que a dengue é um problema de todas as secretarias, e não apenas da de saúde. Isso porque a proliferação da doença também envolve questões culturais, de educação, de infraestrutura e outras. Em uma região onde falta água, por exemplo, o cidadão não tem alternativa além de armazená-la em caixas abertas, baldes, etc. Ou, em um bairro muito violento e cheio de problemas, a questão da dengue torna-se pequena e sem a devida importância.

"Não pode ser só responsabilidade da Saúde. Se for um doença imunizavel, tudo bem. Mas quando a questão é comportamento não", declarou o coordenador de Meio Ambiente.
O coordenador também aponta que, por isso, nas cidades em que o prefeito tomou frente na questão, ao invés do secretário de saúde apenas, os índices da doença foram bem menores comparados ao geral do Estado, como nos municípios de Cáceres e Rosário Oeste.
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