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Domingo, 28 de abril de 2024

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Cristovam Buarque critica interferência de Lula na definição sobre futuro de Sarney

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) subiu o tom das críticas ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e questionou a interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na definição do futuro político do peemedebista. Cristovam disse que recorrer a Lula representa a desmoralização do Congresso e incentiva a volta do mensalão.


Cristovam afirmou que a ligação de Lula com Sarney coloca em risco a credibilidade do Parlamento e indica uma interferência direta. "Essa Casa não pode ficar calada vendo um poder interferindo em outro. No Congresso, ele [presidente Lula] não tem direito de colocar seu dedo. A última vez que fez, foi no mensalão. Será que vai surgir de novo o mensalão para aqueles senadores que pediram o afastamento de Sarney?", questionou.

O pedetista disse que o presidente Lula se aproveita da alta popularidade para tratar o Congresso como um "ministério" e levar a população a considerá-lo "irrelevante". "Quero deixar aqui a frustração que tenho. A desmoralização chegou a tal ponto que vai além dos atos secretos. Há a desmoralização do poder fundamental da República que é o Congresso. A história vai nos julgar. Não podemos ver o Senado ser tratado como subsidiaria do Executivo. Não podemos permitir mais interferência, já temos as medidas provisórias e a pressão de um presidente carismático, com mais de 80% de popularidade que vem levando o Congresso a ser considerado irrelevante, desprezado pela opinião publica", afirmou.

Cristovam mostrou ressentimento com Lula ao lembrar que foi demitido pelo presidente por telefone quando fazia parte de sua equipe como ministro da Educação. "Demitir ministro por telefone é um direto dele, mas ele não tem direito de manter um presidente do Senado por telefone ou destituir por telefone. É isso que a gente vê por esses dias. Portanto, faço um apelo para que o presidente do Senado defenda a Casa e não deixe que o presidente nos trate como ministério, sendo capazes de ser demitido ou sustentado por telefone", afirmou.

O discurso do pedetista foi criticado pelo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), que alfinetou o colega lembrando que foi bastante próximo ao Palácio do Planalto recentemente, chegando a retirar a assinatura para tentar evitar a instalação da CPI da Petrobras.

"Você não tem o direito de fazer este apelo. Não subestime seus companheiros pecadores. É muito interessante essa história de assinar hora extra e dizer que não viu e jogar a culpa no colegiado. A missão aqui pela crise é de 81 senadores, nem mais nem menos. Vamos colocar nosso mea culpa e encontrar uma solução para os fatos. Vossa excelência retirou assinatura da CPI da Petrobras e ninguém disse que foi pressionado pelo Palácio."
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