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Sábado, 27 de abril de 2024

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Mercadante diz que crise do Senado é estrutural e precisa ser compartilhada por todos

O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), subiu à tribuna do Senado nesta quinta-feira para afirmar que, apesar da bancada petista defender o afastamento temporário presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o partido não fará nenhuma pressão para que o peemedebista siga essa orientação. Mercadante disse que a bancada não será ingênua de colocar em risco a governabilidade.


O petista disse que a crise tem que ser compartilhada por todos os 81 senadores porque é estrutural, ética e moral. "A crise do Senado estrutural, política e sobretudo ética e moral", afirmou.

Mercadante sustentou que a bancada vai insistir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na necessidade do afastamento de Sarney para que a mudança que o partido defende para o Senado seja colocada em prática. Mercadante afirmou, no entanto, que a licença não se impõe.

"A nossa bancada considera que a melhor solução seria a licença temporária para assegurar um clima político que permitisse avançarmos sem debatermos uma única figura por mais importante que seja. A licença não se impõe é um ato voluntário construído com convencimento", afirmou.

Mercadante reconheceu que qualquer tipo de pressão em cima de Sarney pode colocar em risco a governabilidade do governo Lula. "Não há governabilidade sem aliança do PMDB. PSDB e DEM nunca nos deram espaço e é verdade que nós também nunca demos a eles, mas queremos ter aliança e queremos que ela continue. Não me peçam aquilo que não posso fazer, gesto ingênuo espontâneo de fragilizar a governabilidade. Nós queremos ir a fundo, mas sabemos da nossa responsabilidade pela governabilidade", afirmou.

Segundo o líder petista, com a saída temporária de Sarney será mais fácil para implementar uma reforma administrativa. Mercadante reforçou que ninguém espera a renúncia de Sarney. "Nossa bancada em nenhum momento propôs a renúncia. Não parece que seja o caminho, que seja o correto. Não se resolverá essa crise achando um responsável. Precisamos de uma transformação de medidas mais profundas e isso falaremos com presidente Lula e levaremos esse entendimento", disse.

O petista criticou o DEM --principal fiador da campanha do peemedebista a presidência que retirou apoio a Sarney. Mercadante disse que o PT não apoiou Sarney porque não tinha indentidade com a proposta dele e defendia uma reforma ampla no Senado. "O DEM tem sua responsabilidade porque ocupou a primeira secretaria nos últimos anos. Agora, alertamos que o continuísmo não seria boa opção para esta Casa."

"A continuidade administrativa de Agaciel [ Maia, ex-diretor-geral] e de Zoghbi [João Carlos, ex-diretor de Recursos Humanos] gerava distorções inaceitáveis. Nossa bancada propôs candidatura de mudança, um novo caminho para reformar o Senado. Não era disputa política porque o PMDB estava com outra candidatura do presidente Sarney que sempre foi aliado fundamental", disse.

Mercadante disse que a bancada vai apresentar na próxima semana uma proposta de restruturação administrativa para a Casa. "Vamos apresentar algumas propostas na semana que vem que estão sendo coordenadas pelo senador Tião Viana. Será uma lei de responsabilidade fiscal e administrativa. Estamos nos espelhando em experiências exitosas, uma boa lei para regulamentar a Casa que tem que enfrentar problema administrativo", disse.
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