O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), marcou para esta quarta-feira a reunião do colegiado que vai discutir o terceiro relatório sobre o caso do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG).
Nas outras duas reuniões, o Conselho de Ética rejeitou os pedidos de cassação e de suspensão por quatro meses de Moreira. O deputado Sérgio Brito (PDT-BA), que produz o terceiro relatório sobre o caso, deve pedir o arquivamento do caso. Nas outras votações, o pedetista votou pela absolvição de Moreira.
Se o parecer de Brito for aprovado, o caso é arquivado no colegiado. Se isso não acontecer, o plenário votará a representação original da Corregedoria da Câmara, que pediu a condenação de Moreira. No plenário, o parecer exige maioria absoluta e voto secreto para a sua aprovação.
O primeiro relatório sobre a denúncia contra Moreira foi apresentado pelo deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que pedia a cassação de Moreira. O outro foi do deputado Hugo Leal (PSC-RJ) e pedia a suspensão por quatro meses das prerrogativas parlamentares do deputado.
Conhecido por ser dono de um castelo de avaliado em R$ 25 milhões, Moreira é acusado de uso irregular da verba indenizatória --benefício mensal de R$ 15 mil para deputados cobrirem gastos nos Estados. Ele teria justificado os gastos com notas fiscais de suas próprias empresas de segurança.
À época não existia uma regra clara sobre essa prática. A suspeita é de que os serviços não eram prestados. Além disso, o valor que o deputado gastou com os serviços de segurança é o dobro previsto na Lei de Licitações.