O empresário Hilton Carlos da Costa Campos, proprietário da HC da Costa e Cia Ltda, será ouvido nesta sexta-feira, 25, no esquema que apura o desvios de verbas destinadas à aquisição de suprimentos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso no período de 2011 a 2014. O empresário que também é contador fornecia material para o órgão. Hilton e outras 20 pessoas foram presas temporariamente (cinco dias) por determinação da 7ª Vara Criminal (Combate ao Crime Organizado) atendendo à solicitação do Ministério Público Estadual (MPE).
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Seu advogado, Rodrigo Pouso, afirma que Hilton entregou devidamente todo o material que foi comprado, e tem os comprovantes de recebimento.
Pouso considerou a prisão do seu cliente desnecessária. "Ele já foi ouvido pelo Ministério Público sobre esse caso em março, tem residência fixa. Essa prisão é desnecessária. Ele entregou todos os materiais comprados na empresa dele", afirmou o advogado.
Hilton está preso na ala psiquiátrica da Penitenciária Central do Estado, assim como outros presos na Operação Metástase, apesar de ter curso superior de Ciências Contábeis.
A ação
O MPE apura o desvio de R$ 2 milhões dos cofres do Legislativo estadual entre 2010 e 2014, por meio de fraudes na utilização da verba de suprimentos. Eles estão sendo acusados de organização criminosa, peculato e falsidade documental por meio de desvio de verba que deveriam ser destinados aos gabinetes dos deputados.
Cada um dos integrantes teria direito a R$ 4 mil mensais, concedida para os funcionários para compras em geral e custeio de outros serviços. As investigações apontaram que os envolvidos faziam compras fictícias de marmitas e materiais gráficos, com uso de notas fiscais falsas, para justificar o uso do dinheiro. O benefício foi extinto pela atual Mesa Diretora da Assembleia.